Em 18/06/2021, das 14h30 às 16h, haverá o lançamento do livro “Aron Feldman - Cinema nas Veias” (184 páginas, Editora Bartira) , escrito por Claudio Feldman, filho do cineasta. O evento se dará durante a 4ª SACT (Semana de Arte, Cultura e Tecnologia da UFABC), como parte do calendário comemorativo dos 15 anos da UFABC, numa live com família de Aron Feldman. Participarão da mesa a mediadora Ida Feldman - filha do cineasta -, o escritor Claudio Feldman, Sérgio Alberto Feldman - historiador e professor na Universidade Federal do Espírito Santo no programa de mestrado e doutorado em história. A mesa terá também Diaulas Ullysses para alinhar o bate papo e as perguntas no dia. Dez participantes da live ganharão um livro cada, mediante a um sorteio. O livro pode ser previamente adquirido pelo ZAP (11) 98797-3065 (tratar com Fani) no valor de R$ 35,00 + frete.


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Em dezembro de 2019, na comemoração de 100 anos de vida de Aron Feldman, o cineasta Diaulas Ullysses sugeriu a feitura de um livro sobre Aron. O projeto foi aceito e financiado pelo Fundo de Cultura de Santo André em 2019. Cláudio Feldman, escritor de 57 livros, utilizou a sua memória familiar para biografar o pai, mas usou também os arquivos de Aron, para situá-lo como artista de imagens. O contexto da época necessitou de pesquisas, pois era muito importante como influência.


Além da biografia propriamente dita, a obra traz a filmografia detalhada de Aron, a bibliografia sobre seu trabalho e a opinião de críticos e intelectuais sobre ele. Historiadores de cinema, como Paulo Emílio Salles Gomes, Jairo Ferreira, Jean-Claude Bernardet e outros se referem aos filmes de Aron.


O livro conta também com textos de Ida Feldman e Sérgio Alberto Feldman - seus dois outros filhos - e Diaulas Ullysses, assessor do projeto com ensaio inédito sobre a morte nas películas de Aron Feldman.


Aron Feldman (1919-1993) foi um artesão de imagens. Iniciou-se como fotógrafo de arte, divulgando suas obras em mostras nacionais e internacionais. Foi o primeiro brasileiro a ter seus trabalhos expostos na Índia e em Cuba; ganhou um prêmio internacional em Viena. Inquieto, resolveu expandir seus horizontes, tentando o cinema.


Deu certo e, em 35 anos de atividades, dirigiu 22 filmes, entre curtas, médias e longas. Sua fase inicial foi composta por películas experimentais, intimistas, sem nenhuma preocupação além da estética. Quando aconteceu '64, houve uma reviravolta em sua filmografia: envolvido por questões sociais, iniciou uma nova fase engajada que só terminou com seu falecimento. 


Sua obra mais conhecida, “O Mundo de Anônimo Jr" (1972), foi perseguida pela Censura e pelo Instituto Nacional de Cinema, por debochar, através de metáforas, da situação. "Casqueiro" (1966) e "Afogados" (1993), filmes premiados em Hiroshima, Japão, tratam respectivamente de crianças vendedoras de siris e caranguejos, perseguidos pela polícia e, jovens que, pressionados pela vida deteriorada do mundo, suicidam-se. 


Fonte: Ida Feldman (via press-release)