Primeiro episódio da primeira animação da Marvel Studios e Disney+ convence pela ousadia e trama que reconta o Universo Cinematográfico Marvel de modo diferente, envolvente e interessante

O que aconteceria se a Marvel Studios decidisse usar uma animação para explicar melhor o conceito de multiverso que foi o plot principal de Loki e que, possivelmente, será explorado em Homem-Aranha: Sem Volta Pra Casa e, certamente, em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura?

Bem, isso foi feito e a resposta para a longa pergunta acima proposta é What If...?, nova série de animação baseada nos personagens da Marvel Comics e que estreou hoje no serviço de streaming Disney+.

A ideia por trás da animação vem dos quadrinhos. What If...?, ou O que Aconteceria Se....?, como foi traduzida no Brasil pela Editora Abril nas edições do gibi Superaventuras Marvel, era uma série de histórias que reinventava origens ou tramas clássicas, mudando protagonistas e alterando eventos que causariam consequências diretas na timeline principal da Marvel, caso não fossem meras especulações que eram feitas por um ser cósmico conhecido como O Vigia.

Neste primeiro episódio, O que Aconteceria Se... a Capitã Carter Fosse a Primeira Vingadora?, o Vigia reconta os acontecimentos de Capitão América: O Primeiro Vingador, de 2011, sob uma nova ótica. Desta vez quem toma o soro do super soldado é Margareth Elizabeth "Peggy" Carter, o interesse romântico de Steve Rogers, o que a transforma na Capitã Carter, o novo reforço de guerra dos aliados contra os nazistas e seu braço pseudo-científico, a Hydra.


Em cerca de 35 minutos, o primeiro episódio de What If...? nos presenteia, na TV, com uma história que é totalmente nova apesar de trazer vislumbres daquela que foi contada nos cinemas 10 anos atrás. A heroína é apresentada de modo satisfatório, inspirador e poderosa o suficiente para dar conta do recado sem precisar de um herói masculino para salvar o dia, como aconteceu no primeiro filme da Mulher-Maravilha, de 2017. E veja bem, eu achei que isso ia acontecer, mas aos 45 do segundo tempo (leia-se, no terceiro ato) a Marvel Studios acabou tomando a decisão correta ao deixar o protagonismo da trama nas mãos da protagonista.

Tendo em vista o histórico da Marvel de não apresentar animações convincentes, especialmente depois do surgimento do Universo Cinematográfico Marvel (UCM)What If...? começa com o pé direito. A decisão de recontar a história do UCM como uma das realidades do Multiverso, proposto na série Loki, começando pelo começo, ou seja, pelo surgimento da primeira super-heroína foi super acertada.

Aliás, o próprio Vigia confirma que a trama que iremos acompanhar em What If...? é uma dessas realidades ao final do episódio, conforme já tinha adiantado o produtor Brad Winderbaum, em entrevista recente, refutando as especulações de que a série animada seria apenas uma aventura especulativa, não-canônica e que não teria repercussões no UCM, como era sua versão em quadrinhos.

A animação é espetacular. As cenas de luta são iradas para dizer o mínimo e lembra bastante o estilo que foi usado no Oscarizado Homem-Aranha no Aranhaverso. A trilha sonora é cinematográfica.

Quanto à dublagem, a original tem realmente alguns problemas de sincronia como foi alertado por outros críticos, e por isso, dê preferência à dublagem brasileira que sanou esse problema, uma vez que é a melhor do mundo. Desculpe-me se acha o contrário, mas pra mim, a dublagem do Brasil é motivo de orgulho por sua proficiência e profissionalismo.

Que venha o próximo episódio.



Marlo George assistiu, escreveu e não sabe o que aconteceria se ele não tivesse se vacinado contra o coronavírus. Não importa se é soro do super-soldado, Pfizer, Astrazeneca, Coronavac... Vacine-se!

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