Dirigido por Colin Trevorrow, estrelado por Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Laura Dern, Jeff Goldblum, Sam Neill, com participações especiais de BD Wong, Omar Sy, Justice Smith e grande elenco, "Jurassic World - Domínio" é a versão ~"dinossáurica" de um longo discurso "eco-chato"...


Por quê...?!
"Domínio" é o terceiro volume da trilogia iniciada por "O Mundo dos Dinossauros" (dirigido por Trevorow, que também colaborou no roteiro), seguido por "Reino Ameaçado" (dirigido por J.A. Bayona, mas com Trevorow novamente colaborando no roteiro). Se você, poltronauta batuta, percebeu o padrão, é mais esperto que a maioria que aplaude de pé essa bobagem cinematográfica. Mas para quem não entendeu, estamos aqui para trazer informação: Colin Trevorow participou diretamente dos três filmes (dirigindo ou escrevendo plots e roteiros) e, mesmo assim, além de não ter convencido desde o primeiro filme - e isso não impediu que o projeto ultrapassasse rapidamente o almejado bilhão de dólares nas bilheterias mundiais -, acabou criando uma trilogia bem inconsistente em matéria de tom e abordagem...

Na trama do terceiro filme, quatro anos após a destruição da Isla Nublar, os dinossauros agora vivem – e caçam – ao lado de humanos em todo o mundo. Porém, uma anomalia genética põe em risco os estoques alimentícios do planeta enquanto que a caça predatória e venda de espécimes jurássicos no mercado negro alerta para um problema bem mais antigo que a humanidade: a oferta e a procura. Cabe aos nossos heróis e heroínas impedir que uma nuvem jurássica de gafanhotos (é sério!) acabe com o planeta e que um filhote de dinossauro capturado volte para sua mãe.

Poderíamos aqui apontar o esmero nos efeitos especiais relacionados aos novos dinossauros criados neste terceiro volume da franquia ou mesmo as cenas onde o novo elenco se reúne ao elenco dos filmes clássicos, criando o elemento correto da nostalgia para quem curtia os filmes originais com a novidade para quem só conhece essa nova trilogia... Mas isso seria somente enrolar para conseguir que esta crítica tenha algumas linhas a mais que o necessário.



"Jurassic World - Domínio" é um filme ruim. Ponto. Ver uma parede que acabou de ser pintada secar é bem mais divertido. Fazer aquela faxina caprichada no banheiro é mais recompensador. Quebrar o dedo mindinho do pé esquerdo com certeza renderia uma história mais interessante. Tentar imaginar como estaria o Brasil atualmente se qualquer um dos outros candidatos a Presidente da República ganhasse as eleições de 2018 sem dúvida seria mais criativo... Acho que você já entendeu.

Porém, como os dois outros exemplares dessa trilogia meia-bomba fizeram muito dinheiro (e este terceiro volume está seguindo o padrão como se não houvesse amanhã), é mais do que certo que veremos mais exemplares genéricos do que um dia foi a franquia "Jurassic Park". Trocar a aventura descompromissada por um tedioso discurso ambientalista foi, sem sombra de dúvida, o maior erro desse terceiro filme. É como se quisessem que a audiência corresse uma maratona após ouvir uma entediante palestra...


Quando os momentos de ação chegam, o público já está anestesiado a ponto de não se importar com cenas mentirosas envolvendo motocicletas que não caem nem mesmo em chão molhado e escorregadio, costelas que não se quebram nem mesmo quando se cai de uma altura enorme e personagens que agem como super-humanos mesmo que não tenham preparo físico para tal... Mas se, no primeiro filme, a personagem de Bryce Dallas Howard conseguiu correr em solo rupestre mesmo usando sapato de salto alto (E O SALTO NÃO QUEBROU!!!), então está liberado que tudo pode acontecer nessa franquia, certo? Errado. Toda fantasia necessita de pelo menos um pouco de acuracidade para ser minimamente crível.

Nem mesmo a trama paralela de clonagem humana envolvendo a personagem esquecível interpretada por Isabella Sermon - e que é um baita de um retcon na franquia - traz algum resquício de novidade à surrada trama apresentada. Você já viu esse filme - e sabe que não foi uma boa experiência. Mas assista em caso de insônia. Será um santo remédio...




Kal J. Moon realmente sentiu falta do 'Bubblepod'...

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