Escrito, produzido e dirigido por James Cameron, estrelado por um elenco gigante com nomes como Zoe Saldana, Sam Worthington, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Cliff Curtis, Joel David Moore, CCH Pounder, Edie Falco, Jemaine Clement, Giovanni Ribisi e Kate Winslet, “Avatar - O Caminho da Água” é o aguardado retorno de uma das franquias que revolucionaram a forma como se fez (e faz) cinema na última década. Mas será que valeu a espera? Vamos descobrir...
Quando estreou em 2009, "Avatar" trouxe de volta a insuportável experiência de se voltar a usar óculos 3D para a sala de cinema. Embora não tenha sido o primeiro filme naquele ano a ser lançado com a nova tecnologia digital de aproximação de elementos de cena para criação de profundidade, certamente foi o que acabou popularizando o novo formato, encarecendo (ainda mais) o preço do ingresso dali para frente. E nada mais foi o mesmo a partir de então pois TODO filme, mesmo que não tivesse a ver com a narrativa, seria revertido para 3D só para atender a nova demanda. E treze anos depois, ainda usamos óculos para ver filmes medíocres num formato que nem sempre agrega novidade à narrativa cinematográfica.
Na trama de “Avatar - O Caminho da Água”, anos depois de vencer o exército do Coronel Quaritch e companhia, a família Sully (Jake, Neytiri e seus quatro filhos) e as tribos do planeta Pandora vivem pacificamente em harmonia pelas florestas até que sofrem um novo ataque do avatar com as memórias de Quaritch - uma vez que o Coronel havia morrido na batalha final do primeiro filme -, que quer vingança e cumprir as ordens de capturar o renegado Cabo Jake Sully. Depois de uma derrota que destrói boa parte da floresta onde vivem, a família Sully foge para a parte marítima do planeta, onde pedem asilo para recomeçar suas vidas. Mas Quaritch não desistirá de caçá-los, nem que tenha de aprender a ser como um nativo Na'Vi e destruir tudo pelo caminho.
Mas o papel aceita tudo - inclusive ideias ruins ou mal desenvolvidas. E o roteiro desse novo capítulo tenta jogar exatamente TUDO o que já vimos antes em outros filmes com mensagens de cunho ecológico como "Winter - O Golfinho", "Ferngully", "André - A Foca" - meu favorito - e, óbvio, "Free Willy" (inclusive, existe uma descarada ~"homenagem visual" a esse filme numa inacreditável cena) com uma nova roupagem para um público mais jovem.
E sobre o visual do novo filme, não há nada de realmente extraordinário ou revolucionário - assim como o primeiro não o foi mas muita gente jura que sim, tanto que ganhou 3 prêmios Oscars, incluindo melhor direção de arte (mesmo sendo indicado a seis prêmios, incluindo melhor diretor e melhor filme - o que deve se repetir em 2023, uma vez que o novo filme está figurando nas listas de melhores de 2022). Além disso, Cameron conseguiu o sonho de todo cineasta que produz uma franquia pois todos os personagens principais meio que se parecem, facilitando qualquer substituição futura em caso de problemas...
“Avatar - O Caminho da Água” apoia-se no visual melhor refinado e em um elenco mais jovem para que haja uma passagem de tocha num futuro bem próximo - uma vez que o plano original de Cameron são, pelo menos, CINCO filmes. mas, se não der, pelo menos mais dois vindouros capítulos, que já estão em processo de aprovação do estúdio). E a tal passagem de tocha fica muito clara, uma vez que são os jovens que tocam a trama adiante. O conflito de diversos pontos da trama e toda a descoberta de informações importantes da narrativa é feita pelos filhos de Sully (e por Spider, o 'menino-macaco' meio Tarzan meio Mogli interpretado por Jack Champion).
Apesar de tudo o que foi dito acima, o terço final da trama compensa em ritmo e com uma inesperada "auto-homenagem" de Cameron a si mesmo, emulando diversos momentos de um grande sucesso do cinema comandado por ele. Mas, como diz uma importante frase dita na história, "o caminho da água não tem começo nem fim" e isso pode ser aplicado também a esse filme. Semelhante a "O Senhor dos Anéis - As Duas Torres", o começo foi em outro lugar e o fim, se vier, se dará também em alhures.
Kal J. Moon é um nativo que se sente alienígena cada vez que precisa ter uma interação social com alguém desconhecido...
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