No último dia 30 de agosto, na postagem intitulada "Burn Him! Burn Him!" (Queime-o! Queime-o!, em tradução literal) de seu blog pessoal, Not a Blog, o escritor George R.R. Martin revelou que iria, finalmente, se pronunciar sobre a segunda temporada da série A Casa do Dragão (leia nossa crítica), onde falaria "tudo o que deu errado" com o show derivado de Game of Thrones.

Martin é autor das Crônicas de Gelo e Fogo, que deu origem à série da Home Box Office (HBO), Game of Thrones, e Fogo e Sangue, romance que traz o fragmento que serviu de base para o roteiro da série A Casa do Dragão (House of the Dragon), também da HBO. Ambas as atrações estão disponíveis nos canais HBO e no serviço de streaming Max.


Na ocasião, Martin escreveu: “Não estou ansioso pelos outros posts que preciso escrever, sobre tudo o que deu errado com A Casa do Dragão... mas preciso fazer isso também, e farei”. 

E hoje, (04), o escritor finalmente cumpriu o que prometeu, publicando no blog a postagem intitulada “Beware the Butterflies” (cuja tradução livre é "Cuidado com as Borboletas"), porém, Martin deletou a publicação horas depois.

De acordo com o site Variety, Martin disse o seguinte na postagem deletada: “Quando Ryan Condal me contou pela primeira vez o que pretendia fazer, há muito tempo (em 2022, talvez), eu argumentei contra, por todos esses motivos. Não discuti por muito tempo, nem com muita veemência. A mudança enfraqueceu a sequência, na minha opinião, mas só um pouco. E Ryan tinha razões práticas para isso; eles não queriam lidar com o casting de outra criança, especialmente uma criança de dois anos. Crianças tão pequenas inevitavelmente atrasam a produção, e haveria implicações no orçamento. O orçamento já era uma questão em A Casa do Dragão, fazia sentido economizar onde pudéssemos. Além disso, Ryan me garantiu que não estávamos perdendo o Príncipe Maelor, apenas adiando sua aparição".

Pelo que vemos acima, Martin ficou descontente com o descarte da personagem Maelor, filho do Rei Aegon II e da Rainha Helaena Targaryen da segunda temporada da atração, especialmente, por conta de sua participação em um dos momentos mais importantes desta segunda parte da série, o famoso evento "Sangue e Queijo", que foi adaptado no primeiro episódio da season 2.

"A Rainha Helaena ainda poderia dar à luz a ele na terceira temporada, presumivelmente após engravidar no final da segunda temporada", prosseguiu Martin. "Isso fez sentido para mim, então retirei minhas objeções e aceitei a mudança. Ainda amo o episódio e a sequência de Sangue e Queijo no geral. Perder o momento de ‘Escolha de Helaena’ enfraqueceu a cena, mas não de forma significativa. Somente os leitores dos livros perceberiam sua ausência; os espectadores que nunca leram Fogo & Sangue ainda achariam as cenas comoventes. Maelor, afinal, não fazia nada na cena. Como poderia? Ele tinha apenas dois anos de idade. No entanto, há outro aspecto na remoção do jovem príncipe".

“Maelor, por si só, significa pouco”, continuou Martin. “Ele é uma criança pequena, não tem nenhuma fala, não faz nada de relevante além de morrer... mas onde, quando e como ele morre, isso importa. Perder Maelor enfraqueceu o final da sequência de Sangue e Queijo, mas também nos custou a cena de Bitterbridge com todo o seu horror e heroísmo, minou a motivação para o suicídio de Helaena, e isso, por sua vez, levou milhares às ruas e becos, clamando por justiça para sua rainha ‘assassinada’. Nada disso é essencial, suponho... mas tudo isso serve a um propósito, ajuda a amarrar as linhas da história, de modo que uma coisa leva a outra de maneira lógica e convincente”.

O autor encerrou a postagem deletada indicando que ainda haverão problemas no futuro, acrescentando: “E há borboletas maiores e mais tóxicas por vir, se A Casa do Dragão seguir adiante com algumas das mudanças que estão sendo contempladas para as temporadas 3 e 4...”

Até o fechamento desta matéria, George R.R. Martin não republicou a postagem em seu blog. O autor já vinha reclamando da adaptação de Fogo e Sangue, desde a estreia da série, em 2022, pois não ficou satisfeito com o símbolo da Casa Targaryen, no qual o dragão ficou com quatro patas, quando a maneira correta de retratá-lo é com duas patas traseiras, como vimos em Game of Thornes. Fique ligado para maiores informações.

Fonte: Not a Blog, Variety


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