A jornada de um filme até os cinemas é longa e árdua, e para "A Substância", indicado ao Oscar em cinco categorias, incluíndo Melhor Filme e Melhor Atriz (Demi Moore), não foi diferente. A cineasta Coralie Fargeat precisou fazer uma escolha difícil: dizer não à Marvel. Em entrevista à Variety, Fargeat revelou que recusou a oportunidade de dirigir "Viúva Negra" (2021) para se dedicar a "A Substância". Apesar das conversas preliminares com a Marvel Studios, seu projeto pessoal era a prioridade. Leia nossa crítica de "A Substância" neste link.
A decisão de Fargeat foi motivada pela paixão que ela sentia por "A Substância". "Eu me agarrei com tanta força durante a produção do filme e a difícil fase de pós-produção, quando todos queriam que eu o tornasse menos violento, menos excessivo, menos sangrento, menos frontal", disse Fargeat. "Eu sabia que havia escrito este filme para ser mais do que - ou pelo menos o mesmo nível de - o que estou denunciando no filme."
A dedicação de Fargeat valeu a pena. "A Substância" recebeu cinco indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Roteiro Original e Melhor Atriz para Demi Moore. A indicação de Melhor Filme é um marco, já que "A Substância" é o primeiro filme de terror corporal a concorrer ao prêmio. As indicações também são notáveis por se tratar de um filme independente, algo raro na premiação.
Enquanto "A Substância" colhe os frutos de seu sucesso, "Viúva Negra", dirigido por Cate Shortland e com roteiro de Eric Pearson, seguiu seu próprio caminho. O filme enfrentou atrasos devido à pandemia de COVID-19 e acabou sendo lançado simultaneamente nos cinemas e no Disney+. Apesar da recepção positiva, o filme foi criticado por chegar tarde demais no MCU e pela forma como abordou a personagem Taskmaster, que retornará em "Thunderbolts". Quanto a "A Substância", Fargeat já descartou a possibilidade de sequências ou prequels, afirmando que o objetivo do filme era "apresentar coisas novas ao mundo". "A Substância" está disponível para streaming no Mubi.,
Na trama de "A Substância", uma celebridade em decadência decide usar uma substância ilegal do mercado negro, que replica células e cria temporariamente uma versão mais jovem e "melhor" de si mesma. Mas as coisas não demoram para sair do controle...
O filme teve sua estreia no prestigiado Festival de Cannes e ganhou o prêmio de Melhor Roteiro. Misturando elementos de 'body horror' com humor e fortes doses de 'gore', a cineasta Coralie Fargeat discorre sobre como os corpos femininos são subjugados, fetichizados e criticados em espaços públicos... "(...) Filmes de gênero são políticos. Para mim, como cineasta, são uma ótima maneira de abordar questões políticas e pessoais através das lentes do entretenimento, diversão e excesso. (...) quero liberar meu monstro interior. Ou melhor, o que a sociedade me fez pensar que seria um monstro: essa parte imperfeita / envelhecida / mutável de mim mesma que me ensinaram a esconder porque, como 'mulher', não é assim que você deve parecer, se comportar ou pensar. E é por isso que hoje venho até vocês com esta história. (...) E o mais importante: acho que será muito oportuno. No final é disso que trata este filme", disse a cineasta durante o Festival.
A produção é de Coralie Fargeat, Eric Fellner e Tim Bevan, com produção executiva de Alexandra Loewy (Working Title) e Nicolas Royer (A Good Story). A distribuição é da MUBI em parceria com a Imagem Filmes.
Fonte: ComicBook
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