Uma nova controvérsia tomou conta do universo dos super-heróis, e o alvo da vez é ninguém menos que o Superman. A Out Magazine, em um artigo recente que rapidamente se espalhou, declarou o Homem de Aço um "ícone gay", defendendo que o personagem sempre foi um símbolo da comunidade. A publicação baseia sua alegação em elementos como o traje do Superman, sua identidade secreta, o status de "outsider" e seu físico musculoso, interpretando-os como metáforas codificadas para a experiência homossexual. A afirmação, no entanto, gerou forte reação e abriu um debate sobre a apropriação de ícones da cultura pop.
Críticos da matéria apontam que a análise da Out Magazine distorce as origens e o propósito original do Superman. Criado em 1938 pelos imigrantes judeus Jerry Siegel e Joe Shuster, o personagem nasceu como um símbolo de esperança e justiça em meio à Grande Depressão. Ele representa valores universais como verdade, justiça e o "modo americano", encarnando um ideal de moralidade e responsabilidade pessoal, e não uma agenda de política de identidade moderna. Além disso, a canonicidade do relacionamento de quase 90 anos do Superman com Lois Lane, uma mulher, serve como um contraponto direto à nova interpretação da revista.
A defesa da "identidade secreta" do Superman como uma alegoria para "estar no armário" também é amplamente contestada. Identidades duplas são um recurso narrativo comum no mundo dos super-heróis, presente desde o Batman ao Homem-Aranha, e servem para adicionar complexidade e humanidade aos personagens, não para sugerir uma orientação sexual específica. Da mesma forma, o status de "alienígena" ou "outsider" do Superman sempre foi interpretado como uma metáfora para a assimilação e a escolha de defender valores adotados, simbolizando o ideal americano de abraçar e proteger uma nação, independentemente de sua origem.
A revista também argumenta que o traje e o físico "hipermasculino" do Superman o tornam atraente para homens gays. No entanto, a defesa de que colantes e capas são inerentemente "gays", ou que um físico bem-definido implica uma sexualidade específica, é vista como simplista e até ofensiva. Tais características são elementos clássicos do gênero de super-heróis, concebidas para evocar coragem, honra e heroísmo, e não para servir como uma "declaração de moda" identitária. A tentativa de reinterpretar esses atributos ignora a intenção original dos criadores e a iconografia estabelecida do personagem.
A declaração da Out Magazine sobre o Superman se insere em um padrão mais amplo de "reescrever" o cânone de personagens estabelecidos, muitas vezes sem base no material-fonte. Casos como a insistência de ativistas em ver um romance entre Capitão América e Bucky Barnes no MCU, ou a pressão para que Elsa, de Frozen, fosse lésbica por não ter um interesse amoroso masculino, são exemplos dessa tendência. Até mesmo figuras inusitadas como a boneca assassina M3GAN e o demônio Babadook foram rotulados como "ícones gays", o que levanta questionamentos sobre se tais movimentos buscam genuína representação ou apenas "pontos na internet" e "captura cultural".
Em suma, a tentativa da Out Magazine de declarar o Superman um "ícone gay" é um absurdo lamentável, que ignora e fere as reais origens e motivações dos criadores do personagem, Jerry Siegel e Joe Shuster. Essa manobra macula o legado do herói, reduzindo sua rica simbologia e profundidade a um mero veículo para objetivos políticos maléficos da publicação, transformando um ícone universal em uma ferramenta de ideologia identitária.
Fonte: Out Magazine
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