Dirigido por Benjamin Renner - com codireção de Guylo Homsy -, o simpático longa animado "Patos!" equilibra bem a difícil tarefa de entreter e entregar uma importante mensagem para pais e filhos, sem ser algo pedante...
Já aviso: a criançada vai adorar essa animação! É colorida, com personagens bastante expressivos, momentos certos de ~"fofurice" e bastante humor, agradando toda a família - uma vez que o assunto principal da história emula bem os perrengues de quem já sofreu numa longa viagem...
Na trama, a família (de patos) Lopatos (Mallard, no original) está um pouco refém da rotina. Enquanto Mack, o pai, se contenta em manter sua família segura nos arredores de um lago da Nova Inglaterra para sempre, Pam, a mãe, está ansiosa para agitar as coisas e mostrar a seus filhos – o adolescente Dax e a patinha Gwen - o quão grande o mundo é. Quando uma família de patos migratórios aterrissa no lago com histórias emocionantes de lugares distantes, Pam convence Mack a embarcar numa viagem em família, via Nova York em direção à Jamaica tropical. Mas conforme a família Mallard segue seu trajeto para passar o inverno no sul, o detalhado plano de viagem deles começa a dar MUITO errado...
"Patos!" acerta mais do que erra. Mas, mesmo quando "se desvia da rota" (como num inesperado momento de suspense e terror), não demora muito em retornar ao objetivo da trama - o que acaba compensando a "correria" do roteiro, trazendo um caráter de urgência aos pouco mais de uma hora e vinte minutos de exibição. Se insistisse nos erros, sairia algo como o esquecível "Cegonhas"...
Os detalhes técnicos são realmente impressionantes. A começar pela caracterização visual de cada personagem (comandada por Nadya Mira), representando tipos diferentes de patos e outras aves - como araras e garças -, porém se atentando a diferentes personalidades para cada uma delas.
Sobre o elenco de voz original - composto de nomes como Kumail Nanjiani, Elizabeth Banks, o estreante Caspar Jennings, Tresi Gazal, Awkwafina, Carol Kane, Keegan-Michael Key, David Mitchell e até o veterano Danny DeVito -, não será possível fazer uma análise, uma vez que assistimos a versão dublada em português.
Dentre os star talents - com exceção de Fontoura, que está bem funcional -, Cláudia Raia não consegue segurar "por muito tempo" a voz de "idosa mórbida" que sua personagem pede (porém isso não atrapalha a experiência). A grata surpresa fica para Dany Suzuki - que dubla a invocada pomba Lelé -, que faz algo completamente oposto do que se está acostumado quando se reconhece a voz da atriz, um tom meio rascante e irritadiço, "casando" bem com a proposta das situações apresentadas.
(o real problema de se contratar star talent para fazer alguma participação especial em dublagem é que, na grande maioria das vezes, a celebridade não agregará valor à obra audiovisual pois serve apenas de "verba de marketing" para que a mesma divulgue em suas redes sociais um longa animado que a distribuidora não tem certeza que terá boa bilheteria sem alguma exposição na mídia - pelo menos, depois da imensa reclamação com Marcos Mion dublando Buzz Lightyear, estão contratando star talent mais para participações especiais, que não vão tirar o trabalho de dubladores profissionais... mas receberão muito mais que estes por bem menos tempo de trabalho)
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