17) De Volta à Ação (dir. Seth Gordon, Netflix) | No vão esforço de estabelecer uma nova franquia misturando elementos de roteiros de filmes consagrados como "True Lies" ou "Sr. e Sra. Smith" (não confundir com a série homônima), "De Volta à Ação" é uma produção de 2024 que chegou diretamente às telinhas apenas em 2025, provavelmente por conta do acordo de exclusividade do vencedor do Oscar Jamie Foxx - que parece ter esquecido como atuar, de uns tempos pra cá (embora esteja ótimo no excelente - e subestimado - "Clonaram Tyrone!") com a locadora vermelha. Tudo bem, todo mundo precisa assistir um filme de ação descompromissado de vez em quando mas precisava ser tão qualquer nota? Segundo nossa crítica, "Acerta de forma razoável como filme de ação mas falha retumbantemente como comédia e espionagem".
16) Acompanhante Perfeita (dir. Drew Hancock, Warner Bros.) | Os piores filmes da lista são aqueles que têm algum potencial narrativo mas que são totalmente desperdiçados. Esse é o caso de "Acompanhante Perfeita", estreia no cinema do roteirista e diretor Drew Hancock, que peca em não manter o principal segredo da trama longe das peças de marketing (como cartazes ou trailers - só de ver já dá pra descobrir a reviravolta principal de trama) e ainda reunir um elenco em franca ascensão com um texto mal elaborado, que não exige tanto assim no fim das contas. Resultado: um filme que quase ninguém lembra que existe e que ficou rapidamente disponível em streaming para tentar diminuir os prejuízos... Como bem disse nossa crítica, "o filme 'soca-fofo' do ano" - é, não existe definição melhor...
15) Uma Mulher Sem Filtro (dir. Arthur Fontes, H2O Films) | Único filme brasileiro da lista, que, apesar de ser um remake, esse tinha uma importante mensagem de libertação feminina no atual mercado de trabalho mas que se perde na caricatura, sem alcançar a devida cadência correta de humor e sagacidade do texto original. Uma pena pois Fabiula Nascimento é uma das melhores atrizes de sua geração, Camila Queiroz é carismática e esforçada e, um dia, alcançará o estrelato mas o texto adaptado por Tati Bernardes e dirigido por Arthur Fontes não ajudou nem um pouco o elenco. Dá pra ver? Dá, claro. Mas que tal atualizar sua pilha de leitura em vez disso? Fica a dica.
14) Red Sonja (dir. M.J. Bassett, Samuel Goldwyn Films) | Em matéria de roteiro, existem as seguintes modalidades: "adaptação", "transcrição" e "transgressão". A terceira opção é o caso de "Red Sonja", um filme que, desde 2015 (quando foi oficialmente anunciado) passou por mal bocados nos bastidores - desde saída de atriz e diretor da produção passando a declarações polêmicas da atriz principal e distribuição em curta temporada nos cinemas só para ir direto para aluguel digital logo em seguida... E mesmo esperando pouco ou quase nada da nova adaptação da personagem criada por Robert E. Howard (1906-1936), que ganhou fama e estrelato nos quadrinhos, é impossível tentar modernizar algo que siga a linguagem clássica desde sua criação. O único real destaque fica para a atriz Matilda Lutz, que, segundo nossa crítica, "se entrega de corpo e alma à protagonista Sonja, mas nem mesmo seu esforço e comprometimento conseguem salvar um roteiro tão fraco".
13) Premonição 6 - Laços de Sangue (dir. Adam Stein & Zach Lipovsky, Warner Bros.) | Uma cultuada e longeva franquia de terror que até fãs mais ferrenhos admitem que há uma escassez de boas ideias e algo que traga algum tipo de renovação à saga. E qual é a atual moda para "revitalizar" franquias em Hollywood? Acertou quem disse "retcon", aquele artifício barato de roteiro de conta algo do passado da trama que ficou encoberto por anos e somente agora foi descoberto pelos personagens. Mas, quando bem utilizado, pode funcionar - ok, raramente acontece mas tem um ou outro exemplo por aí... O problema é que "Premonição 6 - Laços de Sangue" faz tudo de forma muito preguiçosa e ainda "se revela um ciclo que, embora novo, já carrega os sinais de uma fórmula desgastada", como bem vaticinou nossa crítica.
12) Thunderbolts (dir. Jake Schreier, Marvel Studios) | Único filme de super-heróis da lista - e o mais odioso também -, "Thunderbolts" é uma produção que não tinha o menor propósito de existir. Uma obra claramente com orçamento muito abaixo até do atual padrão Marvel Studios de execução, um elenco cuja química não funciona em momento algum e piadas de gosto questionável abordando temas seríssimos como depressão ou ideação suicida estão entre os absurdos cometidos em suas mais de duas horas de exibição (que parecem bem mais, por conta da grande quantidade de nada acontecendo em tela). Não, não é o pior filme com personagens da Casa das Ideias - "Eternos", alguém? - mas fica, com certeza, nas primeiras colocações de uma futura lista... Segundo nossa crítica, "é aquele filme que não estava nos planos, que ninguém pediu, que não cumpre bem nem mesmo o papel de entretenimento descompromissado e que vai de nada para lugar nenhum". e pensar que esse diretor será o responsável por trazer os X-Men de volta às telonas... Medo define.
11) A Verdadeira Dor (dir. Jesse Eisenberg, 20th Century Studios) | Ah, o que seria da crítica sem os filmes feitos para participar de premiações, serem laureados e jubilados, para, somente então, o público descobrir que se trata de uma porcaria disfarçada de diálogos que não dizem nada, ditas por personagens que ninguém poderia se importar menos? É assim que pode ser descrita a experiência de assistir "A Verdadeira Dor", novo filme escrito e dirigido por Jesse Eisenberg - que também coestrela, ao lado de Kieran Culkin, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu desempenho como Roman Roy na série "Succession" (não, não erramos pois o irmão mais novo de Macauley interpreta o mesmo personagem nesse filme - mas se Eisenberg pode fazer o mesmo, quem pode culpá-lo?). Essa obra, de fato, parece com aqueles filmes estrelados por Adam Sandler em que são escalados todos os seus amigos - que, volta e meia, aparecem em suas produções - em que viajam para algum lugar e nem tem lá muita história, tendo aquele jeitão de coisa improvisada o tempo todo. Ou isso ou uma peça de teatro bem ruinzinha, que não vale nem o preço do ingresso mas você só foi para agradar alguém do elenco, que você conhece de outros carnavais... Ou, como disse nossa crítica, "o roteiro se perde num desnecessário palavrório que vai de nada a alhures, porém não um lugar que, como audiência, queira-se realmente estar ou assistir".
10) Rua do Medo - Rainha do Baile (dir. Matt Palmer, Netflix) | Quarto filme de uma franquia de terror esquecível - livremente baseada nos livros de R.L. Stine - que estreou com três lançamentos num mesmo ano, deixa clara a dúvida de que, alguns filmes, são mesmos feitos para desvio de verba... Como outros exemplares da franquia, é igualmente descartável - ou, como bem lembrou nossa crítica, "um filme que merece ser esquecido, e o mais rápido possível".
09) Agente Butterfly (criação de Ken Woodruff e Steph Cha, Prime Video) | Única temporada desse seriado inspirado na graphic novel de Arash Amel, "Agente Butterfly" é outra obra audiovisual com bastante potencial, mas que poderia ter melhores roteiros, para ir além do que proposto no material original. Não à toa, já foi cancelado... Como disse nossa crítica, "uma série com grandes qualidades técnicas, mas que se perde na execução de sua narrativa". Uma pena pois o ator Daniel Dae Kim merece voltar a protagonizar uma boa série...
08) Depois da Caçada (dir. Luca Guadagnino, Sony Pictures) | Falando sério: quando é que Hollywood vai parar de entregar elencos renomados para Luca Guadagnino fazer filmes medíocres estrelados por eles? "Rivais" é, basicamente, uma pornografia em formato de película. "Queer" não chega nem aos pés do livro que o inspira e, agora, "Depois da Caçada" tem roteiro da atriz Nora Garrett em sua estreia como roteirista - de novo, SÉRIO?! -, reunindo nomes de peso como a vencedora do Oscar Julia Roberts e outros como Andrew Garfield, Ayo Edebiri, Michael Stuhlbarg... Para quê exatamente? Quer dizer, para quê além de recitar um texto empolado e totalmente artificial - que mais parece um checklist de um bingo imaginário de diversidade e temas "importantes" a serem abordados -, que não seria dito por nenhuma pessoa real, por mais cultura e títulos acadêmicos que a mesma possa ter adquirido ao longo de sua existência. E a pachorra e arrogância do diretor é tão grande, que chega ao ponto de gritar "corta!" na última cena do filme - fazendo ainda menos sentido. Recomendado apenas em caso severo de insônia...
07) The Walking Dead: Dead City (Temporada 2, criação de Eli Jorne, Prime Video) | Tentar expandir uma franquia televisiva com tantos spin-offs como "The Walking Dead" não é tarefa fácil mas, com bons roteiristas e elenco dedicado, pode-se chegar lá. Mas quando, já na segunda temporada, mostra-se apenas o desejo de apostar APENAS em nostalgia para continuar no ar, algo de errado não está certo. Como bem o disse nossa crítica, "Em vez de ser uma ponte para novas histórias, ela se tornou uma ilha isolada, de difícil acesso".
06) Branca de Neve (dir. Marc Webb, Walt Disney Pictures) | Após diversas polêmicas de bastidores - sendo o fato do ator Peter Dinklage protestar online contra a escalações de outros atores com nanismo no filme, que, segundo ele, propagando um estereótipo antiquado e preconceituoso (o que acabou reverberando negativamente na produção, fazendo com que os anões do filme fossem substituídos por versões BIZARRAS criadas em CGI - tirando o emprego e chance de estrelado de pelo menos sete atores com nanismo) -, a esperada versão live-action de "Branca de Neve" (simplesmente a animação favorita de Walt Disney, 1901-1966) gerou desconforto de boa parte do público com a escalação de Rachel Zegler, uma atriz de pele escura para protagonizar a obra (e mais desconforto com suas declarações "desabonando" o longa animado original, classificando-o como "extremamente datado" em relação ao lugar da mulher nas esferas de poder - dentre outras barbaridades - note que até os sete anões saíram do título e, após as polêmicas de Dinklage, suspeitou-se que nem estariam no filme, até que apareceram no primeiro teaser trailer). O resultado foi um desastre quase completo, sobrando apenas na bela voz e interpretação de Zegler, que segura bem a tarefa de entoar clássicas canções eternizada há mais de 80 anos no imaginário coletivo. Ou como disse nossa crítica - uma verdadeira "tese de mestrado" sobre as influências do longa (e porque não foram bem sucedidas) -, "um filme que se revela notavelmente inferior, uma obra diminuta em comparação com a grandiosidade de seu predecessor de 1937".
05) The Electric State (dir. Anthony Russo & Joe Russo, Netflix) | Uma graphic novel com temas pesados, densos, pessimistas e profundos vira um pastiche com ar de fantasia tecnológica para audiências mais jovens mas se comunicando como aquele seu tio bêbado que pergunta sobre as namoradinhas nas festas de fim de ano. Lembra que falamos em "transgressão" na parte sobre "Red Sonja"? Lá, ainda tem um resquício da personagem e algo minimamente palatável em termos de entretenimento. Mas "The Electric State" parece pegar apenas um mero trecho do conceito criado originalmente por Simon Stålenhag para gerar uma medonha adição de catálogo em plataforma de streaming - que, talvez, não será mais acessada com frequência depois da alardeada campanha de estreia (que contou com vinda dos diretores e da atriz Millie Bobby Brown ao Brasil e até o lançamento de um game temático). A estratégia não deu certo e o filme fica, merecidamente, entre os piores de 2025. Como disse nossa crítica, "é um filme bem artificial. E olha que nem é trocadilho".
04) Holland (dir. Mimi Cave, Prime Video) | Um filme estrelado por uma ganhadora do Oscar que chega direto em streaming no Brasil? Hmmm... Mau sinal. Nicole Kidman está numa má fase, escolhendo uns projetos no mínimo de gosto duvidoso como o risível - pelos motivos errados - "Babygirl" ou a série "Nove Desconhecidos". Mas, daí a encarar algo que se assemelha a um roteiro descartado da cultuada série "Twin Peaks" - e num papel que, claramente, foi pensado para ser estrelado por uma atriz mais jovem (quem assistiu o filme, sabe do que estamos falando) -, ou a ex-senhora Tom Cruise precisa muito reformar a cozinha planejada ou alguém na produção tem alguma fita comprometedora e ela estava sofrendo chantagem quando topou estrelar o projeto. Salva-se apenas a direção de fotografia de Pawel Pogorzelski (do recente "A Mulher no Jardim" - uma dos melhores roteiros do ano) e a direção de arte da dupla Aidan FioRito (da série "Você") e Justin Nathaniel Kistler (do filme "Emancipation"). Um filme tão pretensioso que começa ruim mas, quando termina, parece que começou...
03) Emilia Pérez (dir. Jacques Audiard, Paris Filmes) | Um musical que fala de minorias e temas delicados. Um musical que é aclamado no Festival de Cannes e se torna o filme internacional a ter mais indicações ao Oscar de toda a História. Um musicado que conta a história de um homem que deseja se tornar uma mulher trans - interpretado por uma atriz trans. Potencial havia em "Emilia Pérez" para ser um grande marco nas premiações e espalhar uma mensagem de tolerância em tempos tão cruéis, quando se trata de diversidade e pautas LGBTQIAPN+. Mas o resultado, após a turnê europeia do filme, foi um rechaço da parte da comunidade mexicana - alegando ser representada de forma estereotipada na produção -, da comunidade afroamericana - alegando que há confusões quanto a palavreados utilizados nas falas de alguns personagens - e, pior, na própria comunidade LGBTQIAPN+ - alegando que diversos conceitos apresentados no filme são pejorativos e preconceituosos. Isso fora as polêmicas que a própria Karla Sofía Gascón se meteu por conta de suas declarações em entrevistas. Mas, no meio disso tudo, e o filme? Bem, "Emília Pérez" é um produto audiovisual complicado. Se por um lado tem algumas boas canções - poucas, mas tem - e coreografias bem dirigidas, por outro lado falta o que de melhor um musical pode oferecer: uma trama que "costure" bem cada canção e não seja apenas uma desculpa para alguém sair cantando, do nada, sobre trocar de "pênis para vagina" - não é piada, é um trecho de uma das canções do filme. O resultado? Um filme bem confuso, que até toca em temas importantes, mas que parece escrito por quem desconhece afroamericanos, pessoas LGBTQIAPN+ e mulheres trans. É ruim? É. Bem ruim - tanto que ainda não estreou no catálogo de nenhuma plataforma de streaming (nem na Netflix, que bancou a produção). Como disse nossa crítica, "é um dramalhão mexicano digno de telenovela, que acerta em trazer temas importantíssimos ao debate mas erra feio em não se aprofundar em nenhum deles, desperdiçando tempo da audiência com momentos musicais em vez de algo mais elaborado em termos de roteiro". Mas ainda tem uma ou outra coisa interessante ali, diferente dos próximos filmes da lista...
02) Um Dia Fora de Controle (dir. Luke Greenfield, Prime Video) | Uma curiosidade para você, poltronauta: por alguns MESES, a única matéria sobre esse filme foi a mais acessada em nosso site. Motivo? Não fazemos ideia. Por conta disso, achamos por bem dar uma olhada nesta produção estrelada pela improvável dupla Kevin James e Alan Ritchson. E se as recentes greves em Hollywood tinham medo de que roteiristas fossem sumariamente substituídos por um prompt gerado com auxílio de inteligência artificial, corram para as colinas pois essa "obra" - se é que podemos chamar assim - levanta diversas suspeitas de que não foi escrita por um humano (pelo menos, não um em sã consciência, de tão estapafúrdia). Era pra ser uma comédia de erros e, do mais absoluto nada, vira uma ficção científica de quinta categoria! Para não dizer que foi perda total, o ator mirim Banks Pierce entrega uma performance minimamente decente em relação a todo o restante do elenco. Como disse nossa crítica... Ah, é! Não perdemos nosso tempo escrevendo uma...
01) Código Alarum (dir. Michael Polish, Imagem Filmes) | Lembram daqueles filmes "estranhos" estrelados por Bruce Willis, que não faziam o menor sentido - e que foram achincalhados pela crítica, só para, depois, descobrirmos que o ator atuou neles (com o auxílio de um ponto eletrônico, em que alguém lhe dizia as falas para serem repetidas por eles) já acometido pela demência frontotemporal? Pois é esse o mesmo diretor que chama o veterano Sylvester Stallone para fazer uma participação especial de luxo - que deve ter sido gravada em um dia - para ser o chamariz desse exemplar de... de... ah, sei lá, mil coisas. Coitada de Isis Valverde, que aparece no filme para... deixa pra lá. Ou, como estampou nossa crítica, "um filme genérico, previsível e com uma participação brasileira insignificante. Passe muito, muito longe".
16) Acompanhante Perfeita (dir. Drew Hancock, Warner Bros.) | Os piores filmes da lista são aqueles que têm algum potencial narrativo mas que são totalmente desperdiçados. Esse é o caso de "Acompanhante Perfeita", estreia no cinema do roteirista e diretor Drew Hancock, que peca em não manter o principal segredo da trama longe das peças de marketing (como cartazes ou trailers - só de ver já dá pra descobrir a reviravolta principal de trama) e ainda reunir um elenco em franca ascensão com um texto mal elaborado, que não exige tanto assim no fim das contas. Resultado: um filme que quase ninguém lembra que existe e que ficou rapidamente disponível em streaming para tentar diminuir os prejuízos... Como bem disse nossa crítica, "o filme 'soca-fofo' do ano" - é, não existe definição melhor...
15) Uma Mulher Sem Filtro (dir. Arthur Fontes, H2O Films) | Único filme brasileiro da lista, que, apesar de ser um remake, esse tinha uma importante mensagem de libertação feminina no atual mercado de trabalho mas que se perde na caricatura, sem alcançar a devida cadência correta de humor e sagacidade do texto original. Uma pena pois Fabiula Nascimento é uma das melhores atrizes de sua geração, Camila Queiroz é carismática e esforçada e, um dia, alcançará o estrelato mas o texto adaptado por Tati Bernardes e dirigido por Arthur Fontes não ajudou nem um pouco o elenco. Dá pra ver? Dá, claro. Mas que tal atualizar sua pilha de leitura em vez disso? Fica a dica.
14) Red Sonja (dir. M.J. Bassett, Samuel Goldwyn Films) | Em matéria de roteiro, existem as seguintes modalidades: "adaptação", "transcrição" e "transgressão". A terceira opção é o caso de "Red Sonja", um filme que, desde 2015 (quando foi oficialmente anunciado) passou por mal bocados nos bastidores - desde saída de atriz e diretor da produção passando a declarações polêmicas da atriz principal e distribuição em curta temporada nos cinemas só para ir direto para aluguel digital logo em seguida... E mesmo esperando pouco ou quase nada da nova adaptação da personagem criada por Robert E. Howard (1906-1936), que ganhou fama e estrelato nos quadrinhos, é impossível tentar modernizar algo que siga a linguagem clássica desde sua criação. O único real destaque fica para a atriz Matilda Lutz, que, segundo nossa crítica, "se entrega de corpo e alma à protagonista Sonja, mas nem mesmo seu esforço e comprometimento conseguem salvar um roteiro tão fraco".
13) Premonição 6 - Laços de Sangue (dir. Adam Stein & Zach Lipovsky, Warner Bros.) | Uma cultuada e longeva franquia de terror que até fãs mais ferrenhos admitem que há uma escassez de boas ideias e algo que traga algum tipo de renovação à saga. E qual é a atual moda para "revitalizar" franquias em Hollywood? Acertou quem disse "retcon", aquele artifício barato de roteiro de conta algo do passado da trama que ficou encoberto por anos e somente agora foi descoberto pelos personagens. Mas, quando bem utilizado, pode funcionar - ok, raramente acontece mas tem um ou outro exemplo por aí... O problema é que "Premonição 6 - Laços de Sangue" faz tudo de forma muito preguiçosa e ainda "se revela um ciclo que, embora novo, já carrega os sinais de uma fórmula desgastada", como bem vaticinou nossa crítica.
12) Thunderbolts (dir. Jake Schreier, Marvel Studios) | Único filme de super-heróis da lista - e o mais odioso também -, "Thunderbolts" é uma produção que não tinha o menor propósito de existir. Uma obra claramente com orçamento muito abaixo até do atual padrão Marvel Studios de execução, um elenco cuja química não funciona em momento algum e piadas de gosto questionável abordando temas seríssimos como depressão ou ideação suicida estão entre os absurdos cometidos em suas mais de duas horas de exibição (que parecem bem mais, por conta da grande quantidade de nada acontecendo em tela). Não, não é o pior filme com personagens da Casa das Ideias - "Eternos", alguém? - mas fica, com certeza, nas primeiras colocações de uma futura lista... Segundo nossa crítica, "é aquele filme que não estava nos planos, que ninguém pediu, que não cumpre bem nem mesmo o papel de entretenimento descompromissado e que vai de nada para lugar nenhum". e pensar que esse diretor será o responsável por trazer os X-Men de volta às telonas... Medo define.
11) A Verdadeira Dor (dir. Jesse Eisenberg, 20th Century Studios) | Ah, o que seria da crítica sem os filmes feitos para participar de premiações, serem laureados e jubilados, para, somente então, o público descobrir que se trata de uma porcaria disfarçada de diálogos que não dizem nada, ditas por personagens que ninguém poderia se importar menos? É assim que pode ser descrita a experiência de assistir "A Verdadeira Dor", novo filme escrito e dirigido por Jesse Eisenberg - que também coestrela, ao lado de Kieran Culkin, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu desempenho como Roman Roy na série "Succession" (não, não erramos pois o irmão mais novo de Macauley interpreta o mesmo personagem nesse filme - mas se Eisenberg pode fazer o mesmo, quem pode culpá-lo?). Essa obra, de fato, parece com aqueles filmes estrelados por Adam Sandler em que são escalados todos os seus amigos - que, volta e meia, aparecem em suas produções - em que viajam para algum lugar e nem tem lá muita história, tendo aquele jeitão de coisa improvisada o tempo todo. Ou isso ou uma peça de teatro bem ruinzinha, que não vale nem o preço do ingresso mas você só foi para agradar alguém do elenco, que você conhece de outros carnavais... Ou, como disse nossa crítica, "o roteiro se perde num desnecessário palavrório que vai de nada a alhures, porém não um lugar que, como audiência, queira-se realmente estar ou assistir".
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10) Rua do Medo - Rainha do Baile (dir. Matt Palmer, Netflix) | Quarto filme de uma franquia de terror esquecível - livremente baseada nos livros de R.L. Stine - que estreou com três lançamentos num mesmo ano, deixa clara a dúvida de que, alguns filmes, são mesmos feitos para desvio de verba... Como outros exemplares da franquia, é igualmente descartável - ou, como bem lembrou nossa crítica, "um filme que merece ser esquecido, e o mais rápido possível".
09) Agente Butterfly (criação de Ken Woodruff e Steph Cha, Prime Video) | Única temporada desse seriado inspirado na graphic novel de Arash Amel, "Agente Butterfly" é outra obra audiovisual com bastante potencial, mas que poderia ter melhores roteiros, para ir além do que proposto no material original. Não à toa, já foi cancelado... Como disse nossa crítica, "uma série com grandes qualidades técnicas, mas que se perde na execução de sua narrativa". Uma pena pois o ator Daniel Dae Kim merece voltar a protagonizar uma boa série...
08) Depois da Caçada (dir. Luca Guadagnino, Sony Pictures) | Falando sério: quando é que Hollywood vai parar de entregar elencos renomados para Luca Guadagnino fazer filmes medíocres estrelados por eles? "Rivais" é, basicamente, uma pornografia em formato de película. "Queer" não chega nem aos pés do livro que o inspira e, agora, "Depois da Caçada" tem roteiro da atriz Nora Garrett em sua estreia como roteirista - de novo, SÉRIO?! -, reunindo nomes de peso como a vencedora do Oscar Julia Roberts e outros como Andrew Garfield, Ayo Edebiri, Michael Stuhlbarg... Para quê exatamente? Quer dizer, para quê além de recitar um texto empolado e totalmente artificial - que mais parece um checklist de um bingo imaginário de diversidade e temas "importantes" a serem abordados -, que não seria dito por nenhuma pessoa real, por mais cultura e títulos acadêmicos que a mesma possa ter adquirido ao longo de sua existência. E a pachorra e arrogância do diretor é tão grande, que chega ao ponto de gritar "corta!" na última cena do filme - fazendo ainda menos sentido. Recomendado apenas em caso severo de insônia...
07) The Walking Dead: Dead City (Temporada 2, criação de Eli Jorne, Prime Video) | Tentar expandir uma franquia televisiva com tantos spin-offs como "The Walking Dead" não é tarefa fácil mas, com bons roteiristas e elenco dedicado, pode-se chegar lá. Mas quando, já na segunda temporada, mostra-se apenas o desejo de apostar APENAS em nostalgia para continuar no ar, algo de errado não está certo. Como bem o disse nossa crítica, "Em vez de ser uma ponte para novas histórias, ela se tornou uma ilha isolada, de difícil acesso".
06) Branca de Neve (dir. Marc Webb, Walt Disney Pictures) | Após diversas polêmicas de bastidores - sendo o fato do ator Peter Dinklage protestar online contra a escalações de outros atores com nanismo no filme, que, segundo ele, propagando um estereótipo antiquado e preconceituoso (o que acabou reverberando negativamente na produção, fazendo com que os anões do filme fossem substituídos por versões BIZARRAS criadas em CGI - tirando o emprego e chance de estrelado de pelo menos sete atores com nanismo) -, a esperada versão live-action de "Branca de Neve" (simplesmente a animação favorita de Walt Disney, 1901-1966) gerou desconforto de boa parte do público com a escalação de Rachel Zegler, uma atriz de pele escura para protagonizar a obra (e mais desconforto com suas declarações "desabonando" o longa animado original, classificando-o como "extremamente datado" em relação ao lugar da mulher nas esferas de poder - dentre outras barbaridades - note que até os sete anões saíram do título e, após as polêmicas de Dinklage, suspeitou-se que nem estariam no filme, até que apareceram no primeiro teaser trailer). O resultado foi um desastre quase completo, sobrando apenas na bela voz e interpretação de Zegler, que segura bem a tarefa de entoar clássicas canções eternizada há mais de 80 anos no imaginário coletivo. Ou como disse nossa crítica - uma verdadeira "tese de mestrado" sobre as influências do longa (e porque não foram bem sucedidas) -, "um filme que se revela notavelmente inferior, uma obra diminuta em comparação com a grandiosidade de seu predecessor de 1937".
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05) The Electric State (dir. Anthony Russo & Joe Russo, Netflix) | Uma graphic novel com temas pesados, densos, pessimistas e profundos vira um pastiche com ar de fantasia tecnológica para audiências mais jovens mas se comunicando como aquele seu tio bêbado que pergunta sobre as namoradinhas nas festas de fim de ano. Lembra que falamos em "transgressão" na parte sobre "Red Sonja"? Lá, ainda tem um resquício da personagem e algo minimamente palatável em termos de entretenimento. Mas "The Electric State" parece pegar apenas um mero trecho do conceito criado originalmente por Simon Stålenhag para gerar uma medonha adição de catálogo em plataforma de streaming - que, talvez, não será mais acessada com frequência depois da alardeada campanha de estreia (que contou com vinda dos diretores e da atriz Millie Bobby Brown ao Brasil e até o lançamento de um game temático). A estratégia não deu certo e o filme fica, merecidamente, entre os piores de 2025. Como disse nossa crítica, "é um filme bem artificial. E olha que nem é trocadilho".
04) Holland (dir. Mimi Cave, Prime Video) | Um filme estrelado por uma ganhadora do Oscar que chega direto em streaming no Brasil? Hmmm... Mau sinal. Nicole Kidman está numa má fase, escolhendo uns projetos no mínimo de gosto duvidoso como o risível - pelos motivos errados - "Babygirl" ou a série "Nove Desconhecidos". Mas, daí a encarar algo que se assemelha a um roteiro descartado da cultuada série "Twin Peaks" - e num papel que, claramente, foi pensado para ser estrelado por uma atriz mais jovem (quem assistiu o filme, sabe do que estamos falando) -, ou a ex-senhora Tom Cruise precisa muito reformar a cozinha planejada ou alguém na produção tem alguma fita comprometedora e ela estava sofrendo chantagem quando topou estrelar o projeto. Salva-se apenas a direção de fotografia de Pawel Pogorzelski (do recente "A Mulher no Jardim" - uma dos melhores roteiros do ano) e a direção de arte da dupla Aidan FioRito (da série "Você") e Justin Nathaniel Kistler (do filme "Emancipation"). Um filme tão pretensioso que começa ruim mas, quando termina, parece que começou...
03) Emilia Pérez (dir. Jacques Audiard, Paris Filmes) | Um musical que fala de minorias e temas delicados. Um musical que é aclamado no Festival de Cannes e se torna o filme internacional a ter mais indicações ao Oscar de toda a História. Um musicado que conta a história de um homem que deseja se tornar uma mulher trans - interpretado por uma atriz trans. Potencial havia em "Emilia Pérez" para ser um grande marco nas premiações e espalhar uma mensagem de tolerância em tempos tão cruéis, quando se trata de diversidade e pautas LGBTQIAPN+. Mas o resultado, após a turnê europeia do filme, foi um rechaço da parte da comunidade mexicana - alegando ser representada de forma estereotipada na produção -, da comunidade afroamericana - alegando que há confusões quanto a palavreados utilizados nas falas de alguns personagens - e, pior, na própria comunidade LGBTQIAPN+ - alegando que diversos conceitos apresentados no filme são pejorativos e preconceituosos. Isso fora as polêmicas que a própria Karla Sofía Gascón se meteu por conta de suas declarações em entrevistas. Mas, no meio disso tudo, e o filme? Bem, "Emília Pérez" é um produto audiovisual complicado. Se por um lado tem algumas boas canções - poucas, mas tem - e coreografias bem dirigidas, por outro lado falta o que de melhor um musical pode oferecer: uma trama que "costure" bem cada canção e não seja apenas uma desculpa para alguém sair cantando, do nada, sobre trocar de "pênis para vagina" - não é piada, é um trecho de uma das canções do filme. O resultado? Um filme bem confuso, que até toca em temas importantes, mas que parece escrito por quem desconhece afroamericanos, pessoas LGBTQIAPN+ e mulheres trans. É ruim? É. Bem ruim - tanto que ainda não estreou no catálogo de nenhuma plataforma de streaming (nem na Netflix, que bancou a produção). Como disse nossa crítica, "é um dramalhão mexicano digno de telenovela, que acerta em trazer temas importantíssimos ao debate mas erra feio em não se aprofundar em nenhum deles, desperdiçando tempo da audiência com momentos musicais em vez de algo mais elaborado em termos de roteiro". Mas ainda tem uma ou outra coisa interessante ali, diferente dos próximos filmes da lista...
02) Um Dia Fora de Controle (dir. Luke Greenfield, Prime Video) | Uma curiosidade para você, poltronauta: por alguns MESES, a única matéria sobre esse filme foi a mais acessada em nosso site. Motivo? Não fazemos ideia. Por conta disso, achamos por bem dar uma olhada nesta produção estrelada pela improvável dupla Kevin James e Alan Ritchson. E se as recentes greves em Hollywood tinham medo de que roteiristas fossem sumariamente substituídos por um prompt gerado com auxílio de inteligência artificial, corram para as colinas pois essa "obra" - se é que podemos chamar assim - levanta diversas suspeitas de que não foi escrita por um humano (pelo menos, não um em sã consciência, de tão estapafúrdia). Era pra ser uma comédia de erros e, do mais absoluto nada, vira uma ficção científica de quinta categoria! Para não dizer que foi perda total, o ator mirim Banks Pierce entrega uma performance minimamente decente em relação a todo o restante do elenco. Como disse nossa crítica... Ah, é! Não perdemos nosso tempo escrevendo uma...
01) Código Alarum (dir. Michael Polish, Imagem Filmes) | Lembram daqueles filmes "estranhos" estrelados por Bruce Willis, que não faziam o menor sentido - e que foram achincalhados pela crítica, só para, depois, descobrirmos que o ator atuou neles (com o auxílio de um ponto eletrônico, em que alguém lhe dizia as falas para serem repetidas por eles) já acometido pela demência frontotemporal? Pois é esse o mesmo diretor que chama o veterano Sylvester Stallone para fazer uma participação especial de luxo - que deve ter sido gravada em um dia - para ser o chamariz desse exemplar de... de... ah, sei lá, mil coisas. Coitada de Isis Valverde, que aparece no filme para... deixa pra lá. Ou, como estampou nossa crítica, "um filme genérico, previsível e com uma participação brasileira insignificante. Passe muito, muito longe".
Terminamos o ano de 2025 com a certeza que muitos filmes e séries seriam melhor se tivessem sido apenas uma proposta rejeitada por e-mail. A Equipe Poltrona POP espera que 2026 traga uma lista bem menor de piores produções audiovisuais do ano...
Em todo o site, deixamos sugestões de compra geek. Deste modo, poderemos continuar informando sobre o Universo Nerd com fontes confiáveis e mantendo nosso poder nerd maior que 8.000. Afinal, como você, nós do portal Poltrona POP já éramos nerds antes disso ser legal!
