Sabe aquela situação constrangedora que rola quando um comediante qualquer começa a repetir a piada assim que saca que o público achou engraçado da primeira vez que ele a contou?

Eu sei que você já testemunhou isso. Insistentemente o indivíduo a reconta, trocando alguns elementos, até que esgota a anedota de maneira que a única coisa que resta ao público são risinhos de constrangimento.

Não, eu não estou falando do TiriricaMarlon Wayans é um destes comediantes também.

O ator, que vem de uma família de humoristas americana, vem se repetindo constantemente, atuando e produzindo paródias à moda Top Gang! - Ases Muito Loucos, de 1991, desde os tempos de Todo Mundo Em Pânico, franquia que já conta com cinco filmes (leia a crítica do quinto filme aqui). Vale ressaltar que o quinto filme desta série não conta com a contribuição de Mr. Wayans.

Cinquenta Tons de Preto é mais uma destas paródias.

Nesta nova empreitada, Wayans e Rick Alvarez recontam a história do filme baseado no livro Cinquenta Tons de Cinza, de E.L. James, de forma escrachada e debochada. Ocorre que tanto escracho e deboche não resultam em boas piadas, já que a fonte já é, por si só, digna de risos.

O filme não faz paródia apenas com o filme desastroso de Sam Taylor-Johnson, mas também com Magic Mike, além de citar Donald Trump, Barack Obama, Kevin Hart, entre outros. Porém nenhuma das piadas funciona, com exceção daquela que que envolve a família de Michael Jackson. Politicamente incorreta, como todas as outras, é a única que se salva.

Eu já disse, na crítica de Inatividade Paranormal 2 (outra paródia de Wayans, lançada em 2014) que este tipo de filme, que faz paródia de outras produções, já deram o que tinham que dar...

Reafirmo tal sentença.



Marlo George assistiu, escreveu e também odeia ônibus, metrô e avião lotado.