Dirigido por Zack Snyder, escrito pelo próprio Snyder, Chris Terrio e Will Beall, estrelado por Ben Affleck, Gal Gadot, Jason Momoa, Ezra Miller e Ciarán Hinds - com participações de Jeremy Irons, Amy Adams, Diane Lane, Henry Cavill, Amber Heard, Joe Morton, Peter Guiness, Ray Porter, Joe Manganiello, Jesse Eisenberg, Billy Crudup, J.K. Simmons, Harry Lennix e Connie Nielsen (ufa!) -, "Liga da Justiça de Zack Snyder" (mais conhecido como "Snyder Cut") é a versão definitiva do diretor para o filme que saiu originalmente em 2017. Mas é melhor? Que bom que perguntou...


Mas segue o aviso: esta crítica está repleta de spoilers desde o primeiro parágrafo. Se ainda não assistiu o filme - que já está disponível para aluguel nas principais plataformas de video on demand desde 18/03/2021 (por um curto período) - clique AQUI para ler a crítica escrita por Marlo George, que avalia todo o contexto cinematográfico da obra sem entrar em detalhes que possam estragar a experiência de quem ainda não teve oportunidade de contemplar as quatro horas de rodagem deste verdadeiro épico.



A volta do monolito vivo
"Por que diabos existe uma versão do diretor de um filme de super-heróis que a maioria do público não gosta e que a crítica odeia?", pode perguntar o incauto leitor. A resposta não é simples muito menos sucinta - senta que lá vem história (caso queira ir direto para a análise do filme, pule sete parágrafos). Em maio de 2017, a Warner Bros anunciou que o diretor Zack Snyder estava se afastando da produção e da direção do filme "Liga da Justiça" - que havia previsão de lançamento nos cinemas em novembro de 2017 - para ser substituído por Joss Whedon (roteirista e diretor dos dois primeiros filmes dos Vingadores para a concorrente Marvel Studios). O motivo: Snyder precisava de mais tempo para se recuperar do impacto negativo do suicídio de sua filha Autumn, que sofria clinicamente de depressão. A nota divulgada à época era que Snyder daria aval às decisões tomadas no set à distância, enquanto passava mais tempo cuidando de seus filhos e de sua esposa (e também produtora do filme) Deborah Snyder


Mas não foi bem isso o que ocorreu  - ainda que o que quer que tenha ocorrido ainda passe por boatos e denúncias de bastidores ainda mais funestos. Rumores dão conta que Snyder já seria expulso da produção antes de sua tragédia pessoal, uma vez que os executivos da Warner Bros assistiram ao corte original do filme e teriam discordado dos rumos tomados à sequência direta de "Batman V Superman - A Origem da Justiça". Há quem diga que a palavra ~"inassistível" teria sido usada para descrever a versão original dirigida por Snyder e uma saída polida seria ~"culpar" o problema pessoal do diretor para justificar sua retirada do projeto. Até aí, ainda que pareça injusto sob certo ponto de vista, faz parte do negócio pois quem banca o projeto pode opinar e decidir o que fazer com ele. 

Após diversas filmagens extras, foi decidido pela alta cúpula do projeto que Whedon reescreveria o roteiro para que o filme não passasse de duas horas de duração e que tivesse mais humor e fosse mais colorido, seguindo uma estética bem próxima do que é feito nos filmes da Marvel Studios. E isso gerou um problema pois o anúncio original - em 2014 - era que "Liga da Justiça" fosse um filme dividido em duas partes, com a real intenção de expandir o que na época era chamado, ainda que de forma não-oficial, de ~"universo cinematografico da DC" (ou DCEU) - que seria a série de filmes que estariam interligados de alguma forma com os filmes concebidos por Snyder. E ainda existem rumores de que os acionistas da Warner Bros pressionaram para que "Liga da Justiça" fosse lançado nos cinemas na data prevista para que não deixassem de ganhar seus bônus de fim de ano por cumprir o cronograma oficial de lançamento (o que economizaria verbas de publicidade - que teriam de ser refeitas - e prováveis refilmagens ou reedições).

Com poucos meses para fazer o filme se adequar às exigências apresentadas, é de se reconhecer que Whedon fez o que pôde - mesmo que não fosse o suficiente. Afinal, reduzir um filme de mais de quatro horas de duração para um que coubesse em menos de duas horas sem sacrificar boa parte do que estava programado originalmente era considerado, por muitos, uma tarefa impossível, mesmo para Whedon, já conhecido no mercado como 'script doctor' - profissional que revisa e ~"conserta" roteiros sem, na maioria das vezes, ganhar crédito oficial pela façanha. E o resultado foi o sofrível - e, para muitos (inclusive nós) 'esquecível' - "Liga da Justiça" lançado nos cinemas em 2017, seguindo o cronograma e a vontade de quem quer que estivesse à frente do projeto.


Após esse canhestro lançamento, detonado por boa parte do público e pela maioria da crítica, surgiu na internet - com direito a site oficial e tudo - o movimento criado por fãs "Release The Snyder Cut". Sendo aderido por uma quantidade muito expressiva de diversas pessoas, inclusive do meio dos quadrinhos e do cinema (incluindo a maioria do elenco principal - com exceção de Henry Cavill), consistia em pressionar a Warner Bros em lançar a versão idealizada por Zack Snyder para o filme "Liga da Justiça", da forma como foi originalmente concebido. Durante três anos, fâs compartilharam a hashtag e fizeram manifestações pacíficas em eventos importantes de cultura POP como San Diego Comic Con (além de comprarem outdoors e anúncios em prédios importantes) pedindo o lançamento do filme original, alegando que era obrigação do estúdio atender os fâs pois o que foi lançado nos cinemas não agradou.


Somente em janeiro de 2020 houve um fio de esperança pois Snyder foi chamado para conversar com os executivos da Warner Bros sobre o que fazer com a versão de seu filme. Não havia cogitação de relançamento nos cinemas mas, àquela altura, o movimento "Release The Snyder Cut" era grande demais para ser ignorado. E a Warner Bros estava preparando o lançamento mundial da plataforma HBO Max. Havia necessidade de ter produtos atrativos - ainda que de nicho - para que o público em geral se tornasse assinante da plataforma de streaming


Após isso, veio a pandemia. E quaisquer movimentação cinematográfica como filmagens e aglomerações estava proibida até segunda ordem. Mas Snyder começou a responder em uma rede social às provocações de diversos veículos de imprensa de que a versão dele para o filme talvez não existisse e que, caso lançado, seria o mesmo filme dirigido por Whedon mas com algumas cenas extras. Snyder lançava fotos - em preto e branco - de cenas que não existiam nem nos trailers divulgados em 2017 muito menos em qualquer material de promoção. Até que começou a fazer lives com os fãs assistindo os filmes anteriores dirigidos por ele vaticinando a hashtag #ReleaseTheSnyderCut . Somente em maio de 2020, durante uma live para assistir o filme "O Homem de Aço" - com participação do próprio Henry Cavill - foi finalmente anunciado, pelo próprio Snyder, que, sim, sua versão do filme "Liga da Justiça" (agora chamada de "Zack Snyder's Justice League" e não mais de "Snyder Cut") chegaria às telas da plataforma paga de streaming HBO Max em março de 2021 - e em junho de 2021 no Brasil -, acompanhada de um documentário sobre os bastidores das filmagens. 

Mas e aí? Os fãs venceram?
Esse era o filme que todo mundo merecia ver no cinema? A visão do diretor deveria ter sido respeitada, custe o que custasse? Calma, não é bem assim...

A trama de "Liga da Justiça de Zack Snyder" é basicamente a mesma: determinado a garantir que o sacrifício final do Superman (Cavill) não fosse em vão, Bruce Wayne (Affleck) alinha forças com Diana Prince (Gadot) com planos de recrutar uma equipe de super-seres meta-humanos para proteger o mundo de um ameaça de proporções catastróficas. A tarefa se mostra mais difícil do que Bruce imaginava, pois cada um dos recrutas deve enfrentar seus próprios demônios do passado antes que possam finalmente formar uma liga de heróis sem precedentes. Porém, pode ser tarde demais para Batman (Affleck), Mulher Maravilha (Gadot), Aquaman (Momoa), Cyborg (Fisher) e Flash (Miller) salvarem o planeta dos vilões Lobo das Estepes (Hinds), DeSaad (Guinness) e Darkseid (Porter) e seus planos malignos.

Mas quando dizemos "basicamente" é modo de dizer. Ainda que a espinha dorsal seja a mesma, a FORMA de contar essa história é completamente diferente de tudo o que a versão de Whedon jamais teria coragem de executar. Seja por impedimentos do próprio estúdio, seja por incompetência de Whedon, seja pelas confusões durante a produção do filme de 2017, não importa. "Liga da Justiça de Zack Snyder" é um filme infinitamente superior por méritos próprios e que isso fique bem esclarecido. Se Snyder foi zombado pela maioria da crítica especializada, agora seu projeto do coração não tem como não ser, no mínimo, reverenciado e invejado por este feito inédito.


Porém, mesmo considerando que o filme de 2021 seja infinitamente superior que o lançado em 2017, isso não quer dizer necessariamente que seja ~"melhor" ou "pior". Acredito que a superioridade da versão dirigida por Snyder esteja justamente por esse filme ser ~"diferente" em tom e condução. Independente de se gostar ou não do cinema executado por Snyder, há de se reconhecer que ele tem um jeito bem particular de abordar o ~"gênero" da transposição das histórias em quadrinhos para o cinema. Seus filmes PARECEM histórias em quadrinhos, tanto visualmente quanto contextualmente. 

A principal recomendação para se assistir "Liga da Justiça de Zack Snyder" é parar de ver trailers e matérias especulativas sobre o filme para ser surpreendido pelas diversas surpresas mostradas na tela. A começar pela direção de fotografia de Fabian Wagner (advindo da TV, conhecido pelo seu trabalhos em seriados como "Game of Thrones", "Sherlock" e "The Crown" mas que também é o diretor de fotografia original do filme de 2017 da Liga). Tem ângulos muito ousados que emulam perfeitamente o que é praticado por um desenhista de história em quadrinhos. Câmeras posicionadas em locais inusitados com pontos de vista a partir de uma maleta (!) ou de um pedaço de alface que cai de um sanduíche (!!). Seu mister consiste em retratar a grandiosidade do curriqueiro, do banal, do ordinário, para quando chegar o momento de mostrar o extraordinário, o espectador já esteja acostumado. Ainda que algumas cenas de ação tenham sido prejudicadas pelo pesado uso de CGI - imagens geradas por computador que não ficaram tão convincentes, assim como muitos dos efeitos especiais -, existem momentos que não parecem filmados mas sim desenhados à mão de tão bonitos (a maioria deles ressaltando a Mulher-Maravilha - como não poderia deixar de ser).

O design de produção comandado por Patrick Tatopoulos é imponente. O destaque óbvio vai para o Laboratório S.T.A.R montado para examinar e estudar a nave do Superman, cujos corredores remetem a designs de filmes como o primeiro "Alien" e "O Quinto Elemento", mas com uma personalidade própria. E isso também se reflete a diversos cenários como o apartamento de Lois Lane, a fazenda dos Kent ou mesmo a nova Bat-caverna do Batman. Tudo reflete o luto da morte de Superman, com iluminação amena e atmosfera densa.


Snyder parece saber que, muito provavelmente, não terá outra segunda chance para trabalhar com esses personagens e o filme - mesmo tendo um SENHOR gancho para continuação - abraça o que deve mesmo ser uma despedida, mas uma despedida ferrenha, agarrando com força até o último fôlego de vida. Tem milhões de easter-eggs espalhados em cena e Snyder revisita diversas questões em aberto de filmes anteriores como a câmara de hibernação aberta na nave de Superman em "O Homem de Aço" (que os fãs apostam que estaria a personagem Supergirl - que aparecerá no futuro filme "The Flash") e ainda mostra um esqueleto preso em uma das câmaras, sem explicar de quem seria aqueles restos mortais. Nesta mesma nave, ainda aparecem diversos trajes usados por Superman nos quadrinhos - com destaque para o traje do personagem Aço, que já chegou a ter um pavoroso filme para cinema protagonizado por Shaquille O'Neal.


Repleto de participações especiais, desde um melhor aproveitamento de Connie Nielsen e Robyn Wright como as amazonas Rainha Hippolyta e Antíope, respectivamente, até J.K. Simmons mostrando mais de sua versão do Comissário Gordon e sua hilária peruca com um enorme e cômico "pega-rapaz"- ao lado de uma ponta inesperada de Crispus Allen (Kobna Holdbrook-Smith), personagem que, nos quadrinhos, se transforma na entidade Espectro. E finalmente temos duas cenas com Harry Lennix encarnando Jon Jonzz, o Caçador de Marte, mais como um aviso de que pode integrar a Liga da Justiça num futuro próximo. Jesse Eisenberg e Joe Manganiello retornam como Lex Luthor e O Exterminador (ou "Sssslaaaaaaaade") para uma versão um tanto diferente do encontro que apareceu na versão de 2017 - o motivo é o mesmo mas o objetivo não parece mais ser o de formar um super-grupo de vilões (o que daria a ligação para o filme solo do Batman protagonizado por Ben Affleck com Manganiello retornando como o vilão, com chances de ganhar um filme próprio e tudo).

E claro, não podemos deixar de citar a volta do Coringa interpretado por Jared Leto. Execrado por sua interpretação em "Esquadrão Suicida", Leto retorna em grande pompa, mostrando porque ele é ganhador do Oscar e provando que, quando é guiado por uma visão (e não deixado solto para improvisar), pode construir uma poderosa e inspiradora atuação, digna de prêmios. Pena que por muito pouco tempo. Leto mostra um total equilíbrio entre insanidade e lucidez - e uma certa imprevisibilidade - com seu Coringa, que não é o mesmo personagem que interpretou mas sim uma versão de um universo paralelo, o que traz inúmeras possibilidades de criação de personagem.

Mas talvez o maior mérito de "Liga da Justiça de Zack Snyder" é ter feito justiça (ha!) a personagens duramente criticados na versão de 2017. O vilão Lobo das Estepes (Ciarán Hinds) finalmente ganhou um arco digno de entender suas motivações, tornando-o pivô de uma intriga palaciana, envolvendo traição e desejo de redenção. O mesmo pode-se dizer do Flash interpretado por Ezra Miller - ainda que o personagem tenha ganho maior destaque como alívio cômico, seu passado e suas motivações são bem mais claras, mesmo que boa parte dessas cenas se deem justamente quando contracena com seu pai (Billy Crudup) na cadeia (e que dá o tom do que esperar em seu vindouro filme solo). E, por último, o Cyborg de Ray Fisher, o ator mais injustiçado de todos por ter a grande maioria de suas cenas cortadas na versão de 2017 - eu ainda queria ver a tal cena com os supremacistas brancos, se é que ela existiu um dia - e que, com o background devidamente explicado e toda a sua tragédia pessoal revelada da forma correta, mostra que o personagem é o mais relevante na trama engendrada por Snyder e companhia. E o ator não deixa a desejar, parecendo ter saído de uma história em quadrinhos desenhada pelo mestre George Perez...


Mas, porém, todavia, contudo, "Liga da Justiça de Zack Snyder" tem lá seus problemas - e não são poucos. O primeiro e mais óbvio é a longa duração. Há quem diga que se tirar todas as cenas em câmera lenta, o filme teria apenas duas horas - pode parecer maldade mas está longe de ser uma inverdade. Parte da narrativa empregada, sem pressa e com todo o tempo do mundo para contar essa peculiar história, é dispensável.

Quando anunciado, o projeto passou por diversos rumores de que seria uma minissérie dividida em seis partes de quarenta minutos a uma hora cada, com um mini-documentário a cada "episódio". Depois que seria um filme de cinco a seis horas. E chegamos a extensa duração de pouco mais de quatro horas. É cansativo porque a narrativa não vai direto ao assunto e tenta se explicar demais em muitos momentos, sendo até didático onde não precisava - talvez visando o público que não lê quadrinhos, vai saber... Apesar de ter diversas e bem orquestradas cenas de ação (algumas vão arrancar aplausos dos fãs - destaque para a cena inicial com a Mulher-Maravilha enfrentando terroristas), o ritmo é claudicante, ora acelera e ora tira o pé do freio para mostrar algo que poderia ser rapidamente falado por algum personagem, como Lois Lane faltar o emprego como jornalista ou Martha Kent ter de vender o Rancho Kent para pagar dívidas. Mas Snyder e companhia tentaram a todo custo se redimir de sua principal crítica: o desenvolvimento de personagens. Então, dá-lhe falação e cenas para suprir essa "necessidade". Uma minissérie em capítulos semanais (olá, WandaVision) teria dado muito mais certo e tiraria esse peso de material "arrastado" do público em geral.

Outro problema é o adiamento da originalidade em prol das tomadas guardadas. Ainda que o futuro apocalíptico vista num pesadelo por Bruce Wayne / Batman (Affleck) não estivesse originalmente planejado para este filme - seria justamente do que trataria a segunda parte, uma vez que seria um filme dividido em dois -, não tem como negar que era uma das coisas que mais trouxeram curiosidade junto ao lançamento do filme. Era a NOVIDADE que todos estavam esperando para confirmar que este filme não era o mesmo de 2017. Temos um breve vislumbre disso ao final do embate dos heróis com Lobo das Estepes - e breves cenas com o vilão Darkseid, que dão a entender que ele assumirá o papel de opositor numa improvável segunda parte do filme.


Falando em Affleck, seu Batman está, curiosamente, mais apático do que a versão de 2017 e principalmente em "Batman V Superman", onde arrancou elogios até mesmo de quem não curtiu o filme. Aqui, é apenas operativo e reativo. Não tem uma grande cena do Batman, nem uma grande fala. É tudo muito redundante. Com o crescimento do personagem Cyborg na trama, todos os outros integrantes da Liga da Justiça foram mais ou menos mantidos com o que havia sido apresentados no filme de 2017, com um ou outro acréscimo narrativo mas nada muito substancial, além do que já foi dito anteriormente -  o que é um pouco frustrante.

Num comparativo perfeitamente justo, "Liga da Justiça" de 2017, reescrito e dirigido por Joss Whedon, é como aquele Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade que é feito em cima da hora sem tempo para a devida pesquisa e correção. Já "Liga da Justiça de Zack Snyder" é como se alguém pegasse o mesmo Trabalho de Conclusão de Curso, com o mesmo tema, e fizesse sua pesquisa com mais tempo e paciência, tomando os devidos cuidados para não fugir do tema, mas deixando a paixão pelo assunto ofuscar o bom senso. "Liga da Justiça" tem o corpo definido e saudável de um pedreiro em boa forma. "Liga da Justiça de Zack Snyder" é um bodybuilder que usa anabolizantes em excesso - mas que passou olho no corpo para parecer lustroso.


"Liga da Justiça de Zack Snyder" é, no fim das contas, um filme que erra e acerta nas mesmas proporções. É um animal pré-histórico munido de lasers, perigoso e imprevisível, do qual não se sabe que estrago possa causar. Mas é um produto com uma forte assinatura, indefectível e reconhecível à distância. E, acima de tudo, uma conquista de um ferrenho fã para muitos fãs. Isso é inegável...



Kal J. Moon gostaria de ter assistido esse filme com sua falecida mãe. Ela teria gostado da cena da Mulher-Maravilha contra os terroristas, diria que "esse Super-Homem não tá com nada nas calcinhas" mas teria dormido no restante. Descanse em paz..