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Da esq. para dir.: David Corenswet, Nicholas Hoult, Rachel Brosnahan e James Gunn (Crédito de foto: Amber Asaly / Entertainment Weekly / Divulgação - Todos os direitos reservados) |
"Ouvi [o ator] Christopher Reeve falar sobre como ele se sentiu ao passar do teatro e de um treinamento clássico para usar o traje [do Superman] em cena. É mais difícil, em certos aspectos, interpretar o Superman e depois fazer uma grande peça ou um filme dramático, porque, como ator, você sente que a seriedade do trabalho de alguma forma te apoia. Isso permite que tudo pareça mais realista", prossegue Corenswet. "Há um desafio único em interpretar um cara que usa cueca por fora da calça e pode voar. Acho que tive a grande sorte de ter um pouco dos dois", conclui.
A Warner Bros. ofereceu a cadeira de direção de "Superman" a James Gunn após a boa recepção de público ao filme "O Esquadrão Suicida" em 2021 - bem antes dele virar CEO da DC Studios - e o estúdio queria um substituto a Henry Cavill como o último kryptoniano (o que acabou acontecendo). "[A situação] estava um pouco mais bagunçada do que agora. Eu não tinha aquela ideia especial do que [o filme] seria. Ao longo dos anos, as histórias que contei tornaram-se... menos evidentes", diz Gunn.
"Eu queria contar a história de alguém que era verdadeiramente bom num mundo que não valoriza a bondade, num mundo que zomba da gentileza básica e dos valores humanos básicos. O fato de ele poder voar, levantar prédios e disparar raios laser com os olhos era realmente secundário em relação a quem ele era como pessoa e ao que ele representava", explica o diretor.
Sobre o relacionamento de Clark Kent / Superman e Lois Lane, a atriz Rachel Brosnahan diz que "É uma combinação dos dois se conectando, de certa forma, com seus super alter egos, mas isso também se justapõe ao grande amor que sentem um pelo outro... Não sei se ela chamaria assim ainda, mas eles se importam um com o outro".
"[Sobre a polêmica cena da entrevista entre Lois e Clark] Quando você começa a fazer uma entrevista, esta é a jornalista vencedora do Prêmio Pulitzer, Lois Lane, e ele é o Superman, que também é o tema desta entrevista. Ambos têm sentimentos muito fortes sobre a posição que estão assumindo naquela cena", continua a atriz. "É uma das coisas que eu amo na história de amor deles. Embora tenham visões de mundo totalmente opostas, eles se completam e meio que precisam um do outro", conclui.
"(...) não é como a entrevista no filme ['Superman - O Filme', 1978] de [Richard] Donner, onde Lois não sabe que ele é Clark. Lois sabe tudo sobre ele [Clark / Superman], então ele está numa posição muito vulnerável. Ele está perdidamente apaixonado por essa mulher e quer desesperadamente que ela o entenda, o aprecie e o ame de volta", completa Corenswet.
Gunn adiciona que o mundo ficcional do filme já tem diversos meta-humanos [super-seres] - e essa é a principal diferença entre o Universo DC e o mundo real: "Se você vir um tubarão humanoide andando pela rua, provavelmente vomitaria e se cagaria [de medo] até morrer (eu, hein). Mas se eles [humanos do Universo DC] virem um [super-ser], seria mais como se vissem [o cantor e compositor Sir] Paul McCartney [andando] numa calçada em Nova York".
Ainda sobre o conflito da personagem Lois Lane, ela está no meio de um impasse quando Superman decide salvar diversos civis durante um conflito armado entre os países fictícios Boravia e Jarhanpur, , o que causa um incidente internacional e inicia um impasse com o governo dos Estados Unidos, que vê o Superman como um desonesto operativo norteamericano. "Ela [Lois] é ambiciosa e sedenta [por notícia]. E eu acho que, naquele momento, ela vê uma oportunidade de [garantir] uma [matéria principal de] primeira página [no jornal Planeta Diário]", elucida Brosnahan. Para a atriz, Lois Lane é "alguém que, por natureza, questiona tudo e todos", enquanto que Clark / Superman " primeiro, vê a beleza nas pessoas e confia - às vezes, isso coloca-os em desacordo sobre a maneira como devem abordar o mundo", conclui.
Sobre Nicholas Hoult - novo ator a interpretar o arqui-vilão Lex Luthor -, Corenswet explica que "Ele é um homem muito doce e gentil, mas tem uma presença muito forte e imponente como ator. Ele tem uma postura e uma confiança que transparecem imediatamente quando o trabalho começa".
"Isso foi muito útil, já que, como Superman, ter um vilão muito crível e imponente, com quem você sente que, desde o primeiro dia, está à altura [de seu talento como ator], que sabe o que está fazendo e já tem uma estratégia para te impedir [como personagem]", revela Corenswet.
Sobre a essência de Lex Luthor, o ator Nicholas Hoult cita um trecho da minissérie em quadrinhos "Grandes Astros - Superman" (escrito por Grant Morrison e desenhado por Frank Quitely) - em que o vilão está num presídio fazendo musculação e Clark Kent está ali para entrevistá-lo, quando exibe o próprio corpo e diz "Sente isso, Kent? Músculos de verdade. Não como seu... É fácil ser forte quando você simplesmente veio do planeta Krypton. Isto [músculos] é resultado de trabalho duro".
"Isso meio que captura, na minha mente, a essência de Lex", explica Hoult. "Ele [Lex] trabalhou duro e obsessivamente por tantos anos por todas essas coisas, para ser admirado e adorado. Então, de repente, Superman aparece e é tudo o que almeja ser, de certa forma, mas não precisa se esforçar muito para isso", continua. "Então, eu interpreto mais ou menos como 'E se esse Lex for alguém fisicamente forte e um [macho] alfa, ou algo parecido?'. Instantaneamente, mesmo na fase de preparação, pensei: 'Vou entrar na academia e estarei o mais forte possível quando começarmos a filmar'", revela o ator. "Lex está conectado a tudo. Não há nada de ruim que aconteça nesse filme que não tenha alguma conexão a Lex", completa.
Mas o filme "Superman" ganhará uma sequência? Gunn desconversa: "O que estou trabalhando é, de certa forma... Quer dizer, sim, sim, sim, sim. Mas é uma sequência direta do [filme] Superman? Eu, necessariamente, não diria isso".
Dentre os próximos projetos, estão oficialmente anunciados o filme "Supergirl - Woman of Tomorrow" (estrelado por Milly Alcock), um filme do Batman ainda em estágio inicial de desenvolvimento, a série "Lanterns" (sobre dois super-heróis da Tropa dos Lanternas Verdes, estrelada por Aaron Pierre e Kyle Chandler) e uma série chamada "Paradise Lost", sobre as amazonas da mítica ilha de Themyscera (lar da Mulher-Maravilha) - ainda em desenvolvimento "devagar mas constante", segundo Gunn, que confirma um novo filme da Princesa Diana, que "está sendo escrito nesse momento" - porém, comentou se a atriz Gal Gadot estará envolvida (nem no filme ou na série).
Sobre o filme "The Batman - Part II" (ainda em fase de desenvolvimento), Gunn comenta que "O que Matt está fazendo ainda é muito importante, apesar de todas os rumores [sobre o filme, supostamente, ter sido cancelado] dizerem o contrário. Devemos ver esse roteiro em breve e mal posso esperar".
Sobre o Universo Cinematográfico DC, Gunn garante que não será necessário assistir "Superman" para gostar de "Supergirl - Woman of Tomorrow" - aos contrários dos filmes da Marvel Studios (sua antiga empregadores na saga "Guardiões da Galáxia"): "Estou realmente tentando ter cuidado para que qualquer um possa dar uma olhada [nos filmes] e ver a história que vem a seguir mas não sinta que está perdendo informações [valiosas]".
Entretanto, quando fala do plano inicial de novos filmes e séries do DCU, há alguma contradição na fala de Gunn: "O mais importante são as histórias específicas, mas também há uma história muito maior que estamos contando e que levará um pouco mais de tempo para ser contada". Mas um filme da Liga da Justiça está nos planos do CEO da DC Studios? "Claro, claro. Mas não há uma Liga da Justiça nesse mundo... Ainda não", responde Gunn. Confira o vídeo promocional do diretor e dos atores para ilustrar a capa da revista:
Escrito, produzido e dirigido por James Gunn - baseado nos personagens criados por Jerry Siegel (1914-1996) & Joe Shuster (1914-1992) -, o filme é estrelado por nomes como David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult, María Gabriela de Faría, Anthony Carrigan, Isabela Merced, Edi Gathegi, Nathan Fillion e Skyler Gisondo, dentre outros.
Ainda não há detalhes sobre a trama, mas o próprio Gunn já declarou que não será um filme de origem pois "(...) é um filme global e que deve conversar com todas as pessoas, do mundo todo".
Fonte: Entertainment Weekly (via site oficial)
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