Em 2016 chegou aos cinemas o filme Esquadrão Suicida do diretor David Ayer - leia nossa crítica neste link -, e a produção, desde o começo, foi cercada de mistério, o que gerou muita expectativa por parte do público que iria, pela primeira vez, assistir um filme dedicado aos vilões da DC Comics no cinema.
Este projeto foi anunciado em 2014, após reportagem do site The Hollywood Reporter, e em dezembro do mesmo ano o elenco foi definido, com filmagens agendadas para o ano seguinte.
Muito foi dito sobre o filme durante a pré-produção, produção e pós-produção da atração. Em fevereiro de 2015, em entrevista à MTV News, Margot Robbie, que interpreta a personagem Arlequina no longa-metragem, deixou escapar que o roteiro teria similaridades com a franquia "O Cavaleiro das Trevas" de Christopher Nolan e "Vingadores" de Joss Whedon.
A declaração de Robbie elevou o hype dos fãs que acabaram decepcionando-se, dois meses depois, quando fora revelado o visual de Coringa, personagem de Jared Leto, que era demasiado estranho e que lembrava pouco a personagem original dos quadrinhos. A segunda decepção aconteceu quando foi mostrado, pela primeira vez, o supergrupo reunido, em maio do mesmo ano.
Visualmente, Esquadrão Suicida, de fato, parecia uma mistura de "O Cavaleiro das Trevas" e "Vingadores", misturando os visuais realistas e heroicos, de Nolan e Whedon, respectivamente. Porém, os figurinos não convenciam, antecipando a tragédia que o filme poderia vir a ser.
O que se seguiu foram vazamentos de cenas e trailers veiculados na San Diego Comic-Con 2015, revelações constrangedoras sobre o comportamento de Jared Leto nos sets de filmagem (como presentear o diretor e Margot Robbie com um rato, dedicando o mimo como Sr. J., fazendo gracejo com as iniciais de seu próprio nome e de sua personagem, que em inglês se chama Joker) na mesma convenção geek, no ano posterior, entre outras coisas que indicavam que a atração poderia ser um fiasco.
E de fato foi. O filme é ruim. O roteiro é confuso e o produto final mais se parece com um videoclipe gigante do que com um blockbuster de respeito como "O Cavaleiro das Trevas" e "Vingadores".
Ayer, que na San Diego Comic-Con 2016, divulgou o filme no painel da Warner Bros. Pictures, como se nada tivesse acontecido, revelou após o lançamento de Esquadrão Suicida nos cinemas que a versão disponibilizada ao público não era a que ele havia planejado inicialmente. Segundo o diretor, seu filme era mais sombrio e profundo, bem diferente da estapafúrdia e colorida produção que foi para as telonas do mundo inteiro. Ele afirmou ainda que existe uma versão do diretor de Esquadrão Suicida, o que fez com que o público ficasse ouriçado por ter acesso à esta versão, especialmente após a Warner Bros. liberar a versão de Liga da Justiça de Zack Snyder, apelidada pelo público como Snydercut, como promoção de lançamento de seu serviço de streaming, HBO Max, em março de 2021. A versão de Esquadrão Suicida de David Ayer também ganhou apelido dos fãs: Ayercut.
Ocorre que, a Warner Bros. jamais demonstrou interesse em lançar tal versão, uma vez que isso geraria custos para o estúdio. Além disso, na época, estava em produção O Esquadrão Suicida, "sequência" envergonhada, por pouco ser relacionada ao filme anterior, que foi dirigida por James Gunn, longa-metragem que teve boa aceitação dos fãs.
Atualmente, David Ayer ainda continua esperando sinal verde da Warner Bros. para lançar o Ayercut, mas sem esperanças. Porém, o diretor continua respondendo perguntas dos fãs sobre detalhes da produção. Perguntado por um fã no X, antigo Twitter, qual a maior diferença entre seu filme (Ayercut) e o longa lançado pelo estúdio em 2016, Ayer foi enfático:
“O Coringa era formidavelmente intenso, quase uma força da natureza em minha versão. Não era um sujeito desfocado e idiota. Na minha versão ele tinha um arco de história que interferia poderosamente nos eventos do filme todo. Na versão do estúdio ele é mais uma propriedade [intelectual, para gerar produtos relacionados] do que uma personagem”.
Assim como o diretor, também tenho muita vontade de assistir sua versão. Na San Diego Comic-Con de 2016, ele se referiu ao filme como "uma luta do mal contra o diabólico". Parece ser um material bem melhor do que nos foi apresentado nos cinemas. Espero que um dia seja, finalmente, lançado.
Fonte: Deadline
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