É, 2016 está no fim e chegou a hora de falar do que todos se certificaram neste ano incomum: como teve filme ruim, hein? Todas as expectativas foram jogadas por água abaixo após cada estreia, independente de ser blockbusters ou filmes independentes de diretores e atores consagrados.
Alguns dos piores filmes de 2016. Brrr...
(Divulgação)

Para celebrar esse verdadeiro desperdício de dinheiro - dos estúdios, distribuidoras e, principalmente de grande parte do público que pagou altos valores em ingressos nos cinemas -, vamos relembrar o que ninguém quer ter em seu currículo: os PIORES filmes de 2016!

10) O Lar das Crianças Peculiares: Tim Burton deixa a Disney, bandeia-se pra FOX e resolve adaptar outro livro infanto-juvenil. A ideia era interessante, tinha tudo para dar certo mas os tempos são outros e talvez Burton não seja mais o mesmo. Iniciamos nossa crítica perguntando 'quem matou Tim Burton?' e terminamos com a constatação de que "É constrangedor ver uma mente criativa tão interessante como a de Burton  fazer um trabalho tão burocrático a ponto de não ser mais reconhecível como algo que leve seu nome".

09) A Nona Vida de Louis Drax: Outro filme baseado em livro, com ideias bem interessantes porém muito mal-desenvolvidas. Cheio de problemas - a começar pelo elenco liderado por atores limitados como Jamie Dornan, Aaron Paul e o pequeno Aiden Longworth -, o diretor Alexandre Aja consegue um filme apenas um pouco melhor que o anterior, outra adaptação literária. Nossa crítica? "(...) estranhamente, o filme 'se esquece' de terminar. Não basta soluções óbvias mas tem de esticá-las até se tornarem didáticas o suficiente para que todos compreendam a mensagem".


08) Animais Fantásticos e Onde Habitam: "A expectativa é a mãe da decepção", já diziam os antigos. Com uma chance de ouro para revitalizar a franquia 'Harry Potter' -  uma das mais rentáveis e lucrativas da história do cinema -, a Warner Bros chama 'a mãe da criança' - a própria escritora J.K. Rowling para escrever o roteiro do primeiro de cinco novos filmes, agora estrelados por um tal de Newt Scamander, personagem que se sabia pouco - na verdade, quase nada -  mas cuja saga tinha um plot promissor, que poderia render um novo filão de aventuras no mundo bruxo. O que chegou aos cinemas foi um filme insosso, indeciso, que não disse a que veio e nada fantástico -  apesar de muitas boas ideias. Nas palavras exatas da crítica de Marlo George: "Repleto de erros, tropeços e boas sacadas mal desenvolvidas, infelizmente não dá pra defender. Nem mesmo sendo fã".

07) Quando as Luzes se Apagam: Ok, 2016 não facilitou pra ninguém mas os filmes de terror que chegaram aos cinemas foram alguns dos piores já produzidos. E sabe-se lá o que deu na cabeça dos executivos quando acharam que seria uma ótima ideia adaptar um curta-metragem que nem era lá tão grandes coisas assim. "(...)não dá sustos nem deixa o espectador grilado, com a pulga atrás da orelha, com medo de apagar as luzes", é o que está registrado em nossa crítica.


06) Capitão América - Guerra Civil: A primeira polêmica de nossa simpática listinha. Enquanto meio mundo exalta esse filme da Marvel Studios, poucos foram os que enxergaram a nocividade da fórmula defendida por esse estúdio para criar entretenimento, fazendo com que suas tramas mostradas em seus filmes seja apreciadas apenas por menores de 15 anos de idade - mental ou física. Completamente diferente - e menos ousada - do arco dos quadrinhos que o inspira, isso é ainda pouco perto do que se é visto nas telonas. Trama fraca, atores cansados e toda sorte de problemas num roteiro enfadonho que até tem seus momentos mas cujo conjunto não salva. Nossa crítica - uma das poucas que tiveram a coragem de falar a verdade - bateu sem dó: "A real falta de um vilão cativante (...) ou mesmo um conflito que desperte o interesse do espectador fazem deste filme um dos mais mal planejados e perfidamente executados da nova fase do Universo Cinematográfico Marvel".

05) X-men - Apocalipse: Muitos aguardavam esse filme com muita ansiedade por conta do bem-sucedido 'X-men - Dias de um Futuro Esquecido'. E foi anunciado como o último filme do diretor Bryan Singer a frente dos mutantes mais queridos do cinema. Porém, o que foi visto na telona foi algo que beirou o constrangimento. Com trama bem estapafúrdia e cara de episódio especial de seriado de TV, novo elenco sem o mesmo carisma - perdendo a oportunidade de, finalmente, criar algum interesse no personagem Ciclope! -, efeitos especiais baratos e visual bem aquém do que se é esperado pela franquia, 'Apocalipse' mostrou o que nenhum fã queria ver: uma perfeita adaptação de uma história em quadrinhos dos anos 1990.
Chamando o filme de 'O Samba dos Mutantes Doidos', nossa crítica alerta para o futuro da franquia: "(...) falta o principal: personagens cativantes e uma história que tenha nexo para que desperte um mínimo de interesse".


04) Bruxa de Blair: O primeiro reboot-remake-reimaginação-sabe-se-lá-o-que-é-isso de nossa lista. Ok, como cinéfilos, entendemos perfeitamente a lógica dos estúdios em querer sempre criar novos filmes baseados em franquias adormecidas de terror: mostrar a novos públicos em potencial algo que eles nunca teriam conhecimento se não houvesse um novo filme. Entendemos, embora não concordamos 100% das vezes. E por que diabos não se pode criar um filme ao menos apreciável baseado nesta franquia? O novo exemplar da franquia deixa um monte de questões na cabeça do espectador que se atrever a assisti-lo. Mas a principal é: por que esse filme foi feito? O resultado: um dos filmes de terror mais anêmicos de todos os tempos... Nossa crítica avisou: "(...) vá sem sustos - o que nunca é um bom conselho em se tratando de filmes de terror".


03) Desculpe o Transtorno: Único filme brasileiro de nossa listagem de piores do ano, esse até que prometia um plot com ideias interessantes - ainda que parcialmente baseadas no filme "Eu, Eu Mesmo e Irene", estrelado por Jim Carrey. E vamos combinar que Gregório Duvivier - do grupo Porta dos Fundos - não chega aos pés de Carrey -  nem mesmo em seus piores momentos. E O FILME INTEIRO é um ~"pior momento" da carreira de todos os envolvidos nesta produção. O interesse desaparece logo após os créditos iniciais e o espectador teve que se esforçar MUITO para permanecer na sala do cinema. Chamado por nossa crítica de 'comédia gourmet', ainda sobrou espaço para uma fina ironia: "No fim da exibição, ironicamente, o nome do filme vira quase um pedido de compreensão por parte da produção". 



02) Caça-Fantasmas: O segundo e último reboot-remake-reimaginação-sabe-se-lá-o-que-é-isso de nossa lista também esteve envolvido em grande polêmica, uma vez que mexe com um grande clássico do cinema. E não foi por machismo ou falta de boa vontade que o filme não deu certo. O roteiro é péssimo - apesar de boas ideias mal aproveitadas. Recriar o quarteto original com grandes atrizes comediantes poderia ter rendido um filme muito melhor se o roteiro tivesse situações melhores elaboradas - e isso é um fato incontestável. "Ah, mas fui ao cinema e ri muito quando assisti, hunf!", pode gritar o incauto que lê essas duras palavras. Infelizmente, os estúdios estão "adaptando" o texto de muitos filmes de comédia com baixa bilheteria no exterior para ter um resultado melhor no Brasil -  principalmente nas versões dubladas, colocando coisas que não constam no roteiro original. E o novo "Caça-Fantasmas" sofreu com essa interferência. Verdade seja dita: não tem empoderamento que salve um roteiro ruim, ok? Conselho: fique com o filme original. "Não tinha como dar errado. Mas deu. E muito. Pena", lamentou nossa crítica pois éramos dos poucos que acreditavam que poderia ser, pelo menos, um filme bacana...


01) Animais Noturnos: E como desgraça pouca é bobagem, o fim do ano trouxe uma verdadeira pérola, digna de ser chamada de ouro de tolo, um filme também baseado num obscuro livro. Dirigido pelo inepto e medíocre estilista texano Tom Ford - pra você ver como está complicada a crise de criatividade em Hollywood -, "Animais Noturnos" é um completo desperdício de tempo, dinheiro, atores / atrizes e paciência de sua audiência. Nem a esmerada direção de fotografia - por Seamus McGarvey - ou as elogiadas atuações da dupla Michael Shannon e Aaron Taylor-Johnson, fazem valer o precioso tempo do espectador. Nossa crítica não perdoou: "De longe, o pior filme de 2016. Veja por sua própria conta e risco".



Como não seria justo ouvir somente minha opinião, com a palavra nossos outros críticos do multiverso Poltrona POP:

Andreas Matos: "X-men: Apocalipse. Depois de tanta expectativa com a sequência de 'X-men: DFE', tudo caiu por terra (literalmente) com um vilão estilista que foi morto da pior maneira possível, num filme ruim ao extremo"

Marlo George: "Demônio de Neon. Uma demonstração descarada de desleixo, de falta de respeito com o expectador e desserviço à arte".

Jorge Caffé: "Esquadrão Suicida. Por ser um trailer de uma hora e meia".

Que 2017 traga bons filmes e que o entretenimento saia da crise que se encontra. É o desejo da Equipe Poltrona POP.

Kal J. Moon só deseja sobreviver à 2016. Isso daria um bom filme...